Municípios com menos de 2 mil habitantes concentram os menores valores de PIB por cidade de Santa Catarina. Das 10 com a menor produção interna em 2019 no Estado, sete tinham população menor que este limite. Os dados por cidades do produto interno bruto, que mede a geração de riqueza, foram divulgados nesta sexta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Quatro cidades de SC seguem na lista das mais ricas do país; veja ranking
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Apenas três cidades entre os 10 piores desempenhos de SC ficam acima deste tamanho populacional: Coronel Freitas (2,5 mil moradores, segundo estimativa do IBGE) e Entre Rios (3,2 mil), no Oeste, e Presidente Nereu (2,2 mil), no Alto Vale do Itajaí.
Os municípios de Santiago do Sul, Barra Bonita e Irati, todos no Oeste, tiveram os menores PIBs de Santa Catarina em 2019. Santiago do Sul, que também é a menor cidade de SC no número de habitantes, com apenas 1,2 mil habitantes estimados pelo IBGE, contabilizou PIB de R$ 35 milhões. As outras duas cidades produziram o equivalente a 36,8 milhões e 38,8 milhões, respectivamente.
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Ao contrário do ranking das cidades mais ricas, em que SC emplacou quatro municípios entre os 100 maiores PIBs, no caso das cidades que menos geraram riquezas o Estado não tem nenhum território entre os 100 menores valores de produto interno. O menor PIB de SC, Santiago do Sul, é apenas o 167º no ranking nacional.
Cinco das 10 cidades com menor PIB em SC estão também entre os 10 municípios com a menor população: Santiago do Sul, Barra Bonita, Lajeado Grande, Paial e Flor do Sertão.
Em relação ao ano anterior, 2018, três cidades saíram da lista de 10 piores PIBs de SC: Jardinópolis, Presidente Castello Branco e Painel – que teve o maior ganho de posições. Em contrapartida, Presidente Nereu, Entre Rios e Coronel Martins caíram no ranking e ficaram entre os 10 desempenhos mais baixos.
A maior queda percentual ocorreu na cidade de Coronel Martins, que caiu 4,4% entre os dois anos. Lajeado Grande viu o PIB subir 21%, mas mesmo assim permaneceu com o oitavo pior número do Estado.
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Em material do governo de SC, o economista da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Paulo Zoldan, apontou uma tendência de concentração da produção de riquezas do Estado na faixa litorânea, entre a Grande Florianópolis e o Nordeste, com “menor dinamismo e densidade populacional” em outras áreas do Estado.
Especialistas ouvidos pela reportagem apontam que o fato de ter os menores PIB não significa, necessariamente, que estes sejam os municípios mais pobres do Estado. Isso porque o indicador mede o total da produção econômica de um local, mas não permite apontar a distribuição desta riqueza. Assim, cidades com empresas de maior porte podem registrar PIBs mais altos, sem que o mesmo crescimento ocorra automaticamente na renda da população local.
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Cidade do Sul de SC têm menor PIB per capita
O PIB per capita é o resultado do total do produto interno de um local dividido pelo número de habitantes. Embora não represente a distribuição exata da riqueza produzida, permite a comparação entre locais com tamanhos diferentes de população.
Nesse ranking, Pescaria Brava (R$ 9,5 mil por habitante), no Litoral Sul, Balneário Arroio do Silva (R$ 13,7 mil), no Extremo Sul, e São Pedro de Alcântara (R$ 15 mil), na Grande Florianópolis, tiveram os três piores desempenhos em SC no ano de 2019.
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Nessa relação, nenhuma das 10 menores cidades em tamanho de população aparece. Os 10 integrantes também são os mesmos do ano anterior, 2018 (veja abaixo).
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