Uma semana após as fortes chuvas que atingiram o Vale do Itajaí e o Norte do Estado no início do mês, o rio Iguaçu que corta cidades como Porto União, no Planalto Norte, continuou a subir. O pico foi nesta segunda-feira, quando o rio chegou a 8,14 centímetros de altura. Apenas entre a noite desta terça e quarta-feira é que o Iguaçu começou a baixar registrando três centímetros de queda. A chuva que caiu durante a madrugada não influenciou na movimentação dos rios.
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Em Porto União, a Defesa Civil contabilizou 2.508 pessoas desabrigadas nesta quarta-feira. Todas devem receber atendimento da Secretaria de Assistência Social. A extimativa é de que pelo menos seis mil pessoas tenham sido afetadas pela enchente.
No município de Canoinhas, que sofre influência dos rios Canoinhas, Negro e Iguaçu, as águas baixaram 20 centímetros de terça para quarta chegando a 7,15m. O pico foi de 7,99 metros. Pelo menos 86 famílias continuam em abrigo. Segundo a Defesa Civil, pelo menos 2,7 mil pessoas estão desalojadas.
Em Mafra, onde o pico do Rio Negro foi de 13,62 metros de altura, as águas também seguem baixando. Na tarde desta quarta-feira o rio chegou a 7,53 metros de altura. A Defesa Civil continua com o trabalho de vistoria nas casas afetadas pela enchente. Pelo menos 500 famílias foram atingidas.
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Rio Negrinho é o único município em que o rio voltou para o leito. Agora, a população calcula os prejuízos. De acordo com a Defesa Civil, a enchente atingiu principalmente a área comercial, no Centro. Casas desabaram, outras foram carregadas pelas águas e mudaram de endereço. Muitas residências estão interditadas.
Como boa parte dos moradores afetados conseguiram refúgio em casa de familiares, apenas 30 famílias permanecem em abrigos da prefeitura. O maior supermercado que abastece a cidade continua com as portas fechadas e apenas três agências bancárias estão funcionando.