– Alô. Oi, Kevin!

– Kevin? Só a polícia me conhece assim. Apenas me chame de Noodles.

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O guitarrista do The Offspring, a banda de punk rock californiana que em 2014 completa 30 anos de carreira e faz show nesta sexta em Florianópolis, não perde o humor e a chance de se insurgir contra algo, nem que seja o próprio nome e por brincadeira.

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Vem daí o espírito jovem e rebelde que ele, aos 51 anos completados na última terça, e os outros integrantes do grupo conservam. A banda é a atração principal do Festival dos Fanáticos, que ocorre amanhã no Music Park, na Capital.

– You gotta be rebel – Kevin sugere.

Você precisa ser rebelde. É um apelo para que o espírito punk não morra nunca. E não vai morrer, ele acredita. O músico faz a afirmação ao comparar como estava o mundo e a música em 1984, quando a banda começou, e agora, em 2014:

– A principal diferença é que antes todo mundo odiava punk rock. No colégio não gostavam, na igreja não gostavam. Mas agora temos mais fãs, o pessoal do skate, do surfe, a galera nova gosta. E, também, ser punk hoje não é só ter cabelo em pé.

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O que não significa necessariamente que os filhos dele serão grandes fãs do estilo. A filha, pelo menos, não é. À época da entrevista, duas semanas antes do show em Florianópolis, Noodles não sabia dizer se a banda faria ou não uma homenagem aos 20 anos de lançamento de Smash, o disco mais vendido de todos os tempos de uma gravadora independente.

– Ainda estamos pensando se faremos ou não uma homenagem a esse álbum. Acho que nunca tocamos o disco todo ao vivo – diz.

O trabalho lançado em 1994 foi um fenômeno de vendas e emplacou no topo das paradas com hits como Come Out and Play (Keep?em Separated). Esse foi um ano emblemático para a música, quando vários grupos se dispersaram, e a indústria fonográfica começou a decair.

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– Muitas das bandas que acabaram já estavam juntas há tempos. Dois anos antes, em 1992, foi uma época de quebra de regras. Acho que foi uma questão de mudança mesmo – comenta.