Mesmo com emprego fixo, Jéssica Nunes, 24 anos, está de olho nas vagas temporárias de fim de ano. Quer garantir um dinheirinho extra para começar 2013 com o pé direito: ela planeja pagar à vista as aulas da autoescola e, depois, comprar um carro. Para isso, ela já se agilizou: na próxima segunda-feira, passa a conciliar o trabalho no escritório de advocacia, onde está há dois meses, com o de vendedora em uma loja de roupas femininas, onde fica até o Natal. E não para por aí: em janeiro, Jéssica já assume a função de recepcionista em um barzinho recém inaugurado no Sambaqui.
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– Vai ser uma correria, mas sei que vai valer a pena. É por pouco tempo e o salário compensa. Se eu não meter a cara, ninguém vai fazer por mim – justifica.
Assim como outras centenas de pessoas, Jéssica já garantiu sua vaga temporária de fim de ano. Mas ainda dá tempo de correr atrás.
São 13,5 mil vagas previstas
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Só o comércio deve abrir cerca de 3,5 mil empregos na Grande Florianópolis. O setor de hotéis, bares e restaurantes é ainda mais ousado: serão 10 mil vagas em toda a região.
– Para quem está desempregado, ou precisando de dinheiro, este é o momento de procurar – comenta o vice-presidente de assuntos públicos e políticos da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina (FCDL), Osmar Silveira.
Trabalho para liquidar dívidas
Pela primeira vez, Marina Comin Espíndola, 20 anos, irá sacrificar as férias: quer aproveitar os 20 dias de parada coletiva no órgão público onde trabalha como atendente de restaurante, para assumir uma vaga temporária de fim de ano. Desde sexta-feira, Marina procura vagas e distribui currículos pelas lojas do Centro da Capital. Quer terminar o ano com um dinheirinho extra no bolso para pagar as dívidas.
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– Acabei de comprar uma Bis e quero quitar as parcelas para não assumir uma dívida muito gigantesca. Vou sentir falta de tirar uns dias de férias, mas desta vez é preciso – conta.
Comércio tem mais urgência
Para quem está interessado em trabalhar neste fim de ano, fique atento: no comércio, os empregos são urgentes e não podem esperar. A maior parte das lojas já contratou os novos funcionários, que já estão começando a trabalhar. Mas ainda há vagas.
– O movimento no setor é no mês de dezembro inteiro. Os lojistas têm de se precaver, para deixar a pessoa treinada – explica Osmar.
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Hotelaria chama até fim do ano
Na área de serviços – hospedagem, bar e restaurante – as contratações se estendem até o fim de dezembro.
– Poucas pessoas foram admitidas no setor. Ainda tem muita oportuinidade à disposição – diz o presidente do Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares, Tarcísio Schmitt.
Levantamentos do sindicato e da FCDL apontam que até 15% dos temporários acabam contratados.