O Índice de Confiança do Industrial Catarinense (ICEI) de junho registrou 47,5 pontos, 8,3 pontos abaixo do resultado de maio. A pesquisa é da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc).

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Essa é a maior queda registrada na série mensal iniciada em janeiro de 2010. Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem pontos. Quando o ICEI está acima de 50 pontos, demonstra que os empresários estão confiantes, abaixo significa falta de confiança.

O presidente da entidade, Glauco José Côrte, observa que o resultado negativo foi puxado pelo recuo da percepção dos empresários e das expectativas para os próximos seis meses:

– A confiança do empresário foi profundamente comprometida pela paralisação do transporte rodoviário de cargas e pelas medidas propostas para conter a crise, como é o caso da adoção de uma tabela com preços mínimos para o frete e a redução do programa Reintegra, que estimulava as exportações.

O resultado também reflete o fato de o Estado ter sido um dos mais afetados pela greve e pelas barreiras à exportação de carne, avalia Côrte.

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– O aumento das dificuldades no cenário internacional, com elevação do protecionismo e dos juros nos Estados Unidos, ajuda a explicar a alta do dólar e completa o conjunto de fatores que influenciam a percepção do industrial – acrescenta.

Ainda em junho, a confiança da indústria de transformação foi de 48,3 pontos, 8,3 pontos inferior ao registrado em maio. No período, o índice dos empresários da construção recuou 8,2 pontos, para 43,6 pontos.

No Brasil, o ICEI registrou 49,6 pontos em junho, ficando abaixo da linha de 50 pontos, o que significa que os empresários não estão confiantes, da mesma forma que em Santa Catarina. No Brasil, desde janeiro de 2017 o índice não ficava abaixo da linha dos 50 pontos, o que não ocorria em Santa Catarina desde julho de 2017.