O Índice de Confiança do Comércio (Icom), divulgado nesta sexta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 1,6% na comparação com igual período de 2013. Em dezembro, a taxa trimestral interanual ficou em -3%. Apesar do recuo, o resultado é o melhor desde o trimestre que acabou em fevereiro de 2013 – quando o índice caiu 0,9%.

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“O resultado geral da pesquisa sinaliza um ritmo de atividade moderado para o setor ao início de 2014, sustentado por expectativas mais otimistas em relação aos meses seguintes”, informou a FGV, em nota. No trimestre até janeiro, o Icom ficou em 124,0 pontos, contra 126,1 pontos registrados em igual período de 2013.

A melhora na confiança do comércio foi determinada principalmente pelo otimismo maior no atacado, que corresponde a um terço do total de estabelecimentos apurados. No trimestre até janeiro, o setor registrou alta de 0,2% na confiança em relação a igual período do ano anterior. Nos três meses até dezembro, essa variação havia sido de -5,0%.

No varejo restrito, a taxa passou de queda de 1,8% no trimestre terminado em dezembro para recuo de 1,5% nos três meses até janeiro (sempre na comparação com igual período do ano anterior). Já o varejo ampliado (que inclui veículos, motos e peças e material para construção) foi o único que registrou uma evolução desfavorável. A taxa passou de queda de 1,9% no trimestre até dezembro para queda de 2,6% nos três meses até janeiro.

A piora aconteceu em ambos os setores que fazem parte do varejo ampliado. A taxa do segmento de material para construção saiu de 0,7% no trimestre até dezembro para -3,4% no trimestre até janeiro. O setor de veículos, motos e peças passou de queda de 4,7% nos três meses até dezembro para recuo de 7,0% de novembro a janeiro.

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O Índice da Situação Atual (ISA-COM) do trimestre findo em janeiro teve queda de 5,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em dezembro, a variação havia sido de -6,4% na mesma comparação. Na média do trimestre terminado em janeiro, 22,8% das empresas consultadas avaliaram o nível atual de demanda como forte (contra 25,4% em igual período do ano anterior), e 18,8% como fraca (contra 15,3% na mesma base de comparação).

Já o Índice de Expectativa (IE-COM) subiu 1,4% no trimestre até janeiro, melhor ante a queda de 0,4% nos três meses até dezembro.