O Índice de Confiança do Comércio (Icom) no terceiro trimestre, encerrado em setembro, caiu 3,6% em relação ao mesmo período do ano passado. É a oitava queda consecutiva e, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o pior resultado desde maio de 2012, quando também havia caído 3,6%.

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Levando em conta apenas o mês, o ICOM se setembro ficou em 125,2 pontos, o menor para o mês na série iniciada em 2010. Houve redução tanto na satisfação com a situação atual quanto no otimismo em relação aos próximos meses. A variação interanual trimestral do Índice da Situação Atual (ISA-COM) passou de -3,5% até agosto para -4,6% até setembro. Na comparação do mês ante igual mês do ano anterior, a queda foi ainda mais intensa, de 6,9% em setembro de 2013. Em agosto, havia sido registrado leve avanço de 0,8%.

Na média do trimestre, 16,4% das empresas consultadas avaliaram o nível atual de demanda como forte e 21,8%, como fraca. No mesmo período de 2012, estes percentuais haviam sido de 20,0% e 20,8%, respectivamente.

O Índice de Expectativas (IE-COM) teve uma retração menos acentuada. A taxa interanual trimestral ficou em -3,0% até setembro, ante -2,5% até agosto. Em termos mensais, também houve “piora relativa”, segundo a FGV. Em setembro de 2013, houve queda de 5,0% ante setembro de 2012. O indicador apresentara retração de 2,2% em agosto na mesma base de comparação.

O dado que mede o otimismo em relação às vendas nos três meses seguintes foi o que mais contribuiu para a piora do IE-COM, ao registrar queda de 3,6% em setembro, ante taxa de -3,3% em agosto. Já a taxa de variação do indicador que mede o otimismo com a situação dos negócios nos seis meses seguintes passou de -1,7% em agosto para -2,3% em setembro.

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Segundo a FGV, 10 dos 17 segmentos pesquisados para o cálculo da confiança registraram piora entre agosto e setembro, considerando as comparações trimestrais. No Varejo Restrito, a variação interanual do indicador trimestral passou de -4,0% no trimestre findo em agosto, para -4,8%, em setembro. No Varejo Ampliado, a variação passou de -3,6% para -4,0%, nos mesmos períodos. Em Veículos, Motos e Peças, a taxa passou de -2,4% para -2,7%.

Após um mês de queda, o segmento de Material para Construção voltou a evoluir favoravelmente em setembro, com a variação interanual trimestral passando de -1,8% para -0,1%. Já no Atacado, as taxas foram de -1,6% em agosto e -2,9% em setembro.