Com o compromisso de criar grandes áreas protegidas em águas oceânicas, uma na famosa Ilha de Páscoa, e acordos de conservação por mais de 2 bilhões de dólares, terminou nesta terça-feira, no Chile, a segunda edição da conferência Our Ocean.
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O chanceler chileno, Heraldo Muñoz, comemorou a conclusão da conferência, que durou dois dias em Viña del Mar, na qual foram concretizados “anúncios sobre mais de 80 novas iniciativas sobre conservação e proteção marinha que equivalem a mais de 2,1 bilhões de dólares”.
Entre os principais êxitos da conferência, Muñoz destacou a decisão “histórica” de seu país de iniciar um processo, que agora deverá ser aprovado em consulta popular pelo povo Rapa Nui, pelo qual a Ilha de Páscoa se unirá a áreas protegidas já existentes.
A área protegida na Ilha de Páscoa, somada às existentes em Motu Motiro Hiva-Iorana, completa um total de 720.000 km2 ao redor desta ilha icônica chilena, a cerca de 3.500 km do território continental do Chile e habitada por cerca de 4.000 pessoas.
A essa extensão se somará a criação do parque marinho de Nazca-Desventuradas, que inclui as ilhas de San Félix e San Ambrosio, nos arredores do arquipélago de Juan Fernández, também no Pacífico.
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Muñoz também destacou os anúncios dos Estados Unidos de dois novos santuários marinhos, os primeiros desde 2001, e a criação de áreas protegidas em países como Nova Zelândia e Panamá.
Além disso, o secretário de Estado, John Kerry, adiantou que Estados Unidos e Cuba debatem um acordo de áreas protegidas irmãs.
Nesse sentido, o chanceler chileno destacou a decisão dos países participantes “de colocar como uma das maiores ameaças ao nosso oceano a pesca ilegal, porque é um negócio (…) comparável ao tráfico de drogas e de armas, e que afeta sustentabilidade alimentar”.
A Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO) concordou com o diplomata ao destacar que “oceanos saudáveis ” são indispensáveis para erradicar a fome no mundo e que 12% da população depende da pesca e aquicultura.
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* AFP