Conferência da Anpei em Joinville faz carta com ações para Santa Catarina

Para os organizadores da 12ª Conferência Anpei de Inovação Tecnológica, o evento, que terminou nesta quarta, cumpriu seus objetivos. Durante três dias, cerca de 2 mil pessoas passaram pelo Centreventos Cau Hansen para discutir inovação.

Na cerimônia de encerramento, Mario Barra, um dos fundadores da Anpei, apresentou a Carta de Joinville, documento que traz pontos relevantes para o debate sobre inovação no Brasil e ações que devem ser levadas adiante no Estado.

– Ao fim de todas as conferências, divulgamos a carta que traz pontos importantes a serem discutidos durante o ano. A ideia é deixar um legado para a cidade que sedia o evento -, explicou.

Entre os temas que merecem atenção dos empresários, o coordenador do encontro e vice-presidente da Anpei, Guilherme Marco de Lima destacou três que serão defendidos em SC pela Anpei.

O primeiro é a continuidade da mobilização do setor privado.

– Dos 2 mil participantes, cerca de 1,2 mil são de SC. Isso mostra o interesse do setor privado pela inovação. Precisamos aproveitar este momento -, disse.

Visando o desenvolvimento de ações inovadoras nas empresas, a Anpei também trabalhará para fortalecer a ligação do setor privado com as agências de fomento.

O terceiro ponto é o estímulo da interação entre universidades e empresas. Para a Anpei, o estímulo aos novos talentos é um dos pontos-chave para o sucesso do processo de inovação.

Por telefone, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, que estava na Conferência Rio+20, no Rio de Janeiro, disse que o apoio a projetos inovadores é fundamental para a cultura de inovação no Brasil. “O governo federal compreende a importância da inovação e está disposto a partilhar os riscos de investimentos nesta área”, destacou o ministro.

O presidente da Anpei, Carlos Calmanovici, deixou um alerta para a formação de recursos humanos, biodiversidade e discussão da partilha dos royalties de petróleo na esfera nacional, com reflexos locais na realidade de cada região.

– São questões recorrentes, mas ainda pouco discutidas. Sem isso, não haverá geração de riquezas para ninguém.

– Foi a maior conferência de todos os tempos. Tivemos uma receptividade muito grande, com foco no público empresarial -, comemorou Lima.

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