Embora ainda engatinhe no Brasil – são apenas 5,9 mil unidades, incluindo as híbridas, vendidas entre 2011 e 2016, segundo o centro de estudos de energia da FGV –, o mercado de veículos elétricos começa a respingar na indústria catarinense. A startup Mobilis, que tem fábrica em Palhoça, acaba de lançar o Li, primeiro carro movido a energia 100% desenvolvido no Estado. A empresa agora está em busca de parceiros para iniciar uma produção em escala do modelo. Já há conversas com potenciais investidores do Nordeste e de São Paulo. A Federação das Indústrias (Fiesc), via Senai, e a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado (Fapesc) estudam maneiras de apoiar o projeto.
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Além da Mobilis, a montadora britânica Velfera Holdings InC avalia implantar no Estado uma fábrica – Joinville já foi sondada. A negociação ocorre por meio da Investe SC, agência de captação de investimentos fruto de parceria entre Fiesc e governo estadual. Há ainda a BMW, que lançou um modelo elétrico, o i3, no país em 2014 pouco antes de inaugurar uma planta em Araquari, no Norte.
Fornecedores dos segmentos metalmecânico e metalúrgico acompanham de perto essa movimentação. A WEG, por exemplo, já fornece peças para ônibus elétricos de São Paulo e barcos de apoio a plataformas da Petrobras. Recentemente, fez uma parceria com a MAM, montadora de caminhões da Volkswagen, que tem fábrica no Rio de Janeiro, para fornecer tração para caminhão elétrico em série. Dois já foram feitos e expostos na Alemanha e no Brasil.
Na ZEN, de Brusque, uma equipe interna foi designada para monitorar as novidades deste mercado. A empresa fornece impulsores para motores a combustão para todo o Brasil e mais de 60 países no exterior, mas o diretor industrial Eduardo Bertolini admite que os veículos elétricos já são assunto constante em reuniões administrativas. Por enquanto, o desenvolvimento dos modelos ainda está restrito a projetos específicos de montadoras, mas quando demandarem larga escala a companhia avalia que deverá estar preparada para atender a demanda.
Há impactos também na construção civil. A construtora Vitoriainvest entregou em 2015, em Florianópolis, um edifício comercial com carregador para carros elétricos. E em agosto o Angeloni inaugurou uma estação de carregamento de bateria junto ao centro de distribuição da rede em Porto Belo.
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Por ora a proliferação de carros elétricos esbarra no alto preço dos modelos e na falta de uma política pública clara de incentivo ao desenvolvimento e uso desses veículos. Mas em Santa Catarina o tema aos poucos começa a ganhar mais corpo.
(Pedro Machado e Estela Benetti)
Estamparia digital

Até 2020, a blumenauense Lancaster ampliará a participação das estampas digitais nos negócios, hoje em 20%, para 50%. Quando chegar lá, entrará em uma nova fase que consolidará a transformação da empresa nos últimos anos, promete o diretor comercial André Lobe. A companhia nasceu como uma confecção, mas foi mudando de visão com o passar dos anos. Hoje se transformou em uma estamparia com foco na produção de moda, num movimento que a participação no programa Santa Catarina Moda e Cultura (SCMC) ajudou a inspirar. Uma estação de criação foi montada ao lado da fábrica. Lá, uma equipe de 15 pessoas ajuda a dar forma às ideias apresentadas pelos clientes.
Prospectando na Oktober
Uma comitiva de dirigentes do Parque Vila Germânica, de Blumenau, vai iniciar na próxima semana uma visita a todos os patrocinadores da Oktoberfest para detalhar os resultados financeiros da festa neste ano – uma primeira apresentação dos números já ocorreu na quinta-feira. Depois, a equipe partirá em busca de novos parceiros. A prefeitura aproveitou a versão paulistana, em setembro, para intensificar contatos com companhias que têm negócios naquele Estado. Em cinco anos, a organização quase triplicou a arrecadação de receitas com patrocinadores do evento – passou de R$ 610 mil, em 2012, para R$ 1,61 milhão neste ano. A meta é conquistar pelo menos mais três novos para 2018, totalizando dez.
Só por mulheres
O Fórum Econômico Mundial de Davos, em janeiro, na Suíça, será comandado pela primeira vez só por mulheres. É uma resposta às críticas sobre a falta de representatividade feminina das últimas edições. As sete poderosas que vão liderar o evento são: a diretora-gerente do FMI Christine Lagarde; a secretária-geral da Confederação Internacional de Sindicatos Sharan Burrow; a diretora da Organização Europeia para Pesquisa Nuclear; Fabiola Gianotti, a presidente mundial da Engie Isabelle Koche; a CEO da IBM Ginni Rometty; a fundadora do banco de desenvolvimento Mann Desh Mahila Chetna Sinha; e a primeira-ministra da Noruega, Erna Solberg.
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Novos planos
Ao mesmo tempo em que investe em distribuição e geração de energia e em diversos programas de eficiência energética, a Celesc também planeja mudanças na área de pessoas. Os servidores e a Celos estudam um plano de previdência com contribuição definida e também está em análise um novo plano de cargos e salários, informa o presidente da empresa, Cleverson Siewert. Tudo para ter uma gestão mais equilibrada.
Grupo Dasa compra Ghanem laboratório
O grupo nacional Dasa, especializado em serviços auxiliares de apoio diagnóstico e referência no mercado de saúde brasileiro, adquiriu o Ghanem Laboratório, que conta com pelo menos 30 unidades nas cidades de Joinville, Balneário Camboriú, Garuva, Itajaí, Itapema, Itapoá e São Francisco do Sul. A Dasa, fundada em 1961, tem pelo menos 500 unidades em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Bahia, Ceará, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso e Maranhão.
A Dasa atua sob variadas bandeiras nestes Estados. Os valores do negócio não foram anunciados. Com a aquisição, a empresa reforça a estratégia de expansão, promove a troca de experiência científica das partes e beneficia os negócios dos laboratórios. A marca Ghanem ganha em excelência no padrão de serviços, tecnologia de ponta, corpo clínico renomado e acesso à tecnologia medicina diagnóstica. A família Ghanem permanecerá na operação do dia a dia dos laboratórios.
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