Santa Catarina tem mais de 420 mil negócios fundados e liderados por mulheres, cerca de 35,45% dos empreendimentos no Estado. São mulheres que começam jovens, com projetos inovadores e que conectam pessoas. Conheça algumas delas.
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Empreendedorismo do cuidado
Gabriela Alban tem 22 anos, é estudante de Direito na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e é cofundadora da Nonno, startup catarinense fundada em 2019 para conectar cuidados selecionados a famílias, lares de idosos e hospitais que buscam assistência profissional. Hoje, a startup atua em mais de 25 municípios catarinenses, e em Porto Alegre, Curitiba e São Paulo.
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Em 2022, a Nonno foi listada como uma das 100 startups mais promissoras do Brasil, e em 2023 o faturamento chegou a R$ 5,5 milhões. São mais de 900 cuidadores usando a plataforma, e mais de 800 mil horas de cuidado já foram oferecidas.
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— Mesmo sendo jovem, acredito que a verdadeira inovação surge quando unimos empatia e visão estratégica para oferecer um cuidado genuíno e humanizado em cada detalhe. Em um Estado que respira empreendedorismo e tecnologia, o Nonno representa essa sinergia, onde tradição e modernidade têm o compromisso de facilitar a vida dos idosos e suas famílias com amor e respeito — afirma.
Oportunidade para outros
A sócia fundadora e diretora de operações da AHOY!, Manoela Lira Reis, criou a startup que conecta contratantes a profissionais de limpeza. A plataforma surgiu em maio de 2021 e atualmente tem mais de 1,5 mil usuários ativos e viabiliza 400 contratações mensais.
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A startup nasceu enquanto Manoela terminava um doutorado em farmácia e bioquímica na UFSC, e conciliava os estudos e o cuidado com a filha recém-nascida, em plena pandemia de Covid-19. A ideia era ajudar outras mulheres que passavam, naquele momento, por incertezas no mercado de trabalho.
A ideia deu certo e já foi premiada, além de ter recebido investimentos de fundos como do Sebrae. Além disso, a startup foi a única brasileira selecionada para o programa Startup Retreat, na Ilha da Madeira, em Portugal.
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A única mulher na sala
Nadine Heisler, CEO do Conselho Mudando o Jogo (CMJ), um conselho consultivo para empresas, afirma que é preciso incentivar que mulheres assumam lugares de liderança e questionar práticas excludentes.
— Muitas vezes ainda sou a única mulher na sala — afirma.
Nadine também é cofundadora e coordena o Instituto Domlexia, organização sem fins lucrativos criada para facilitar a aprendizagem de pessoas com dislexia e outras neurodiversidades.
Dona de três franquias Delivery Much, Polyana Dill, de 31 anos, começou a jornada empreendedora aos 21 anos. Já investiu no setor de alimentos, farmácias e teve uma sorveteria.
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— Eu queria seguir na área jurídica, mas a vida me puxava para o empreendedorismo — conta. O investimento em franquias veio após o divórcio, há cerca de cinco anos, quando saiu das sociedades com o ex-companheiro.
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