Quando a chama olímpica chegar em Paris, no dia 26 de julho, a emoção promete ser diferente para um catarinense em especial: Marcelo Greuel. O blumenauense e ex-ciclista participou dos Jogos Olímpicos de Los Angeles-1984, há 40 anos. Foi a primeira edição das Olimpíadas com a presença de um catarinense.
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— Você imagina… Há 40 anos não tinha nem asfalto em Blumenau. Fui o primeiro blumenauense a ir para uma olimpíada. Foi o sonho de uma vida — lembra.
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Greuel, hoje com 62 anos, representou o Brasil na prova dos 1.000 metros contrarrelógio, ficando com a 12ª colocação. Uma conquista importante para uma época em que os atletas enfrentavam dificuldades na preparação.
— Naquele tempo a Olimpíada era um pouco diferente do que é hoje. Você precisava escolher entre se preparar para atingir um índice olímpico ou se preparar para a Olimpíada. Era tudo mais complicado.
Quarenta anos depois, um outro catarinense se prepara para participar de sua segunda edição de Jogos Olímpicos. Matheus Corrêa, atleta de marcha atlética 20 quilômetros, carimbou o passaporte para Paris-2024 depois dos bons resultados no Troféu Brasil e se classificou pelo ranking da World Athletics para representar Santa Catarina em Paris. Ao lado de Greuel, um conterrâneo, eles representam duas gerações diferentes de catarinenses que fazem história nas Olimpíadas:
— Olimpíada é uma oportunidade muito escassa, só a cada quatro anos. Representa para mim toda uma luta. Estou indo a Paris melhor do que estive em Tóquio.
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Natural de Blumenau, Corrêa já participou das Olimpíadas de Tóquio, aos 21 anos, e terminou a prova em 46° lugar. Desde a base, o atleta já foi campeão brasileiro 18 vezes, além de recordista sul-americano Sub-23. No encontro entre os dois em Blumenau, o veterano aconselha o jovem.
— A dica que posso dar é viver esse momento. Não tenha medo de buscar seus resultados, mas a medalha não é tudo. Sinta-se único por participar de uma olimpíada. Esse é o momento de reconhecimento independentemente do resultado. Só 10,5 mil atletas do mundo inteiro participam disso e você é um deles — exalta Greuel.
De Xuxa a Ana Moser, lista de catarinenses em Olimpíadas é extensa
A lista de catarinenses em Olimpíadas é extensa. Tonho Gil, Valdo, Maycon (Andréia dos Santos), Fernando Scherer (Xuxa) e Ana Moser são alguns dos ex-atletas nascidos em Santa Catarina que já participaram de alguma edição dos jogos e também conquistaram medalhas olímpicas.
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No vôlei feminino, a blumenauense Ana Moser foi bronze após a Seleção derrotar a Rússia na disputa pelo pódio, nos Jogos Olímpicos de Atlanta 1996. Além de lembrar com carinho desse momento, ela entende a real importância que ele tem.
— Olimpíada é o campeonato mais incrível que existe. Eu disputei três Olimpíadas: Seul, em 1988, Barcelona, em 1992 e Atlanta, em 1996, quando ganhamos a medalha de bronze. Cada época, cada Olimpíada foi uma história diferente que fez parte do desenvolvimento do esporte brasileiro e principalmente do voleibol — analisa.
Até o momento, Santa Catarina tem 12 atletas confirmados para Paris 2024, e alguns aguardando convocação. A lista tem desde medalhistas como o skatista Pedro Barros e a jogadora de vôlei Rosamaria Montibeller, passando por estreantes como Tainá Hinckel (surfe) e Geovana Meyer (tiro esportivo), até veteranos como Darlan Romani (arremesso de peso), Eliane Martins (salto em distância) e o catarinense “naturalizado” Bruno Fontes (vela).
Bruno nasceu em Curitiba, no Paraná, mas foi morar em Florianópolis com um ano de idade. Criado na Capital catarinense, esta será a terceira Olimpíada da carreira após ter competido em Pequim, em 2008, e em Londres, em 2012. Ele compara Marseille, o palco das provas de vela das Olimpíadas de Paris-2024, com a Baía de Jurerê, em Florianópolis.
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— Me criei na Lagoa da Conceição, em Floripa, e comecei a velejar no Iate Clube Santa Catarina. Eles têm uma base na praia de Jurerê, e as condições aqui de Marseille me lembram muito a Baía de Jurerê — explica.
A familiaridade das condições de vento, ondas e até do ambiente tranquilizam Bruno Fontes, que se sente confiante com sua preparação para as Olimpíadas de Paris 2024.
— Estou muito feliz em representar o Brasil, de ter ido em duas Olimpíadas como atleta e outras duas como treinador, e agora voltar a ser atleta aos 44 anos. Acho que é um feito único, e estou muito contente — complementa o velejador.
Para Ana Moser, que já foi ministra do Esporte em 2023, o Time Brasil há alguns anos, especialmente depois das Olimpíadas do Rio-2016, alcançou um nível de desenvolvimento, planejamento e resultados em todas as modalidades.
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— A expectativa para a Olimpíada de Paris é o Brasil manter o resultado das duas últimas edições, se tudo der certo. Mas como é esporte, o resultado é imprevisível. Então, temos que esperar para ver se as expectativas vão se confirmar.
Falta pouco para as disputas começarem em Paris. Nenhum atleta catarinense esteve no lugar mais alto do pódio, conquistando a tão sonhada medalha de ouro, mas a torcida será grande. Marcelo Greuel quer comehttps://ipsbrasil.org.br/explore/mapamorar os 40 anos de sua participação olímpica indo até Paris para ver a cerimônia de abertura de perto. Ele promete torcer por todos os atletas catarinenses.
— Sei o quanto cada um sofreu para estar ali, não tem um que não sofra para conseguir ir para uma Olimpíada. Então, eu sei o valor de cada um e minha torcida é por todos.
*Sob supervisão de Augusto Ittner
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