O gerenciamento do lixo orgânico e resíduos sólidos é um dos pontos principais a serem levados em consideração quando se pensa em sustentabilidade. Organizar a sua própria forma de administrar e destinar o lixo e incentivar os moradores a colaborar é a preocupação de condomínios do estado.

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Em Florianópolis, o Vivá Residence Cacupé, desenvolveu o seu próprio Plano Geral de Resíduos Sólidos com base na legislação nacional de gerenciamento do lixo.

Todos os dias, a zeladoria do condomínio recolhe os resíduos nas residências. Os sólidos são levados a um centro de reciclagem dentro do próprio condomínio onde é feita uma pré-seleção e divisão dos resíduos de acordo com a sua categoria (plástico duro, plástico mole, vidro, etc.) e armazenamento.

A cada 15 dias, uma cooperativa selecionada pelo condomínio busca os materiais.

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De acordo com o empresário e idealizador do condomínio Luiz Augusto Marchi, esta é uma forma mais efetiva de garantir que os resíduos sólidos sejam realmente reciclados. O processo só deve funcionar, contudo, com a conscientização dos moradores. Por isso, junto ao manual do proprietário é entregue uma cartilha explicando como o lixo deve ser separado e armazenado até o recolhimento.

Hortas comunitárias

O lixo orgânico é tratado em uma composteira e, posteriormente, serve para fertilizar a horta comunitária e orgânica. Um funcionário específico faz a plantação das hortaliças e temperos e, uma vez por semana, faz a colheita e envia uma cesta para cada uma das 43 casas.

Em Itajaí, o Condomínio Horizontal Praia Brava também mantém uma horta comunitária há cerca de cinco anos. O projeto foi implantado por iniciativa da administração, que considerou que o espaço disponível no condomínio poderia ser aproveitado sem aumentar muito as despesas.

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O condomínio também mantém a separação do lixo reciclável, que é vendido diretamente para uma cooperativa. O valor arrecadado fica para os empregados do condomínio, que podem utilizá-lo em seu próprio benefício, seja para fazer um churrasco de confraternização ou comprar coisas para eles.

O síndico Rogério Essel diz que essa é uma forma de os empregados também se engajarem e cobrarem dos moradores a separação correta do lixo.

Passos para a mudança

‘Maria Lúcia Mendes Gobbi, arquiteta e consultora de educação ambiental indica como começar a implantar uma horta comunitária no seu condomínio.

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Motivação – Pergunte-se se você deseja, realmente melhorar a sua vida e a das pessoas com quem convive. Este é o primeiro passo para ter força de vontade para executar o projeto

Localização – Verifique se no condomínio há áreas livres para a construção da horta, mesmo que pequena, as posições em relação ao sol e a situação do solo

Dedicação – Haverá necessidade de atenção diária à horta e à composteira. Uma pessoa deve ser responsável por isso, seja um funcionário ou morador voluntário

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Adoção – O condomínio deve decidir em grupo pela adoção da horta e definição das regras de uso

Manutenção – a compostagem dos resíduos orgânicos em um pequeno minhocário fazem um fertilizante natural, essencial para que o solo renda bons alimentos.