O Conselho de Sentença do Tribunal do Júri da Comarca de Joinville condenou, nesta quinta-feira (11), Tiago Roberto Correa a 16 anos de reclusão pelo homicídio de Fabiane da Silva Araujo, 32 anos. A sessão do júri foi presidida pelo juiz Gustavo Aracheski.
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Tanto a família da vítima como os parentes do acusado acompanharam todo o júri popular. Os jurados entenderam que o crime aconteceu por motivo fútil e meio cruel.
O episódio aconteceu na manhã do dia 24 de dezembro de 2017, no bairro Morro do Meio. O réu, atualmente com 32 anos, confessou o crime tanto em seu depoimento na Delegacia como também durante a sessão do júri.
— Peço perdão à família da moça e também a Deus — disse o acusado em suas últimas palavras diante do júri.
Relembre o caso
Tiago havia conhecido Fabiane na noite anterior ao crime. Ela estava acompanhada de um amigo em comum entre eles. Os três foram ao apartamento do réu onde consumiram bebidas alcoólicas e alguns entorpecentes. Num certo momento, o companheiro da moça foi embora de táxi.
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No apartamento, após fazerem uso de entorpecentes, Tiago pediu para ela ir embora. Neste momento, iniciou uma discussão entre os dois. Em seguida, o réu pegou o fio do telefone, enrolou no pescoço da vítima e tentou estrangulá-la. Também chutou inúmeras vezes a cabeça dela, mesmo quando já estava no chão. Ele só parou quando notou que Fabiane já não tinha mais reação.
Com o barulho, o vizinho do andar de baixo ficou assustado e acionou a Polícia Militar. Em poucos minutos, a viatura chegou, realizou a prisão do acusado e solicitou socorro médico. Fabiane ainda estava viva, mas gravemente ferida.
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Fabiane da Silva Araújo, 34 anos, era técnica de enfermagem e estava em estado vegetativo desde dezembro de 2017. Ela foi espancada, asfixiada e golpeada com faca por Tiago que, na época, tinha 30 anos.
— As amigas dela não o conheciam, não era um namorado. Era, talvez, um paquera, alguém que ela tinha conhecido há pouco tempo — informou o tio de Fabiane, Antônio Carlos da Silva.
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Ele conta que, naquela manhã de 24 de dezembro, um vizinho escutou as agressões e chamou a polícia. Segundo esta testemunha, o homem não parou de bater em Fabiane nem mesmo depois que a viatura da Polícia Militar chegou ao prédio.
— Tentei ir à audiência dele mas não pude entrar. Mas, até onde eu sei, ele nunca explicou o que aconteceu, porque fez isso com ela, até porque nunca teria explicação — desabafou o tio em entrevista ao AN em 2018.
Fabiane chegou a ser levada para o Hospital São José pelo Helicóptero Águia. Mas, como ficou muito tempo sem oxigênio enquanto era asfixiada, o cérebro foi lesionado. Ela chegou a voltar para casa e ficou aos cuidados da irmã, que deixou o emprego para dedicar-se totalmente a ela. Alguns meses antes, no entanto, precisou retornar ao Hospital São José e foi transferida para o Hospital de Rio Negrinho.
Ela faleceu na manhã do dia 4 de agosto de 2018 e deixou uma filha de 14 anos.