O processo eleitoral que cassou os diplomas dos vereadores Célio Dias (PR), Fábio Fiedler (PSD) e Robinsom Soares (PSD) e dos suplentes Almir Vieira (PSD) e Braz Roncáglio (PR) teve origem na mesma investigação que baseou a Operação Tapete Negro, que completa um ano nesta terça-feira. Além da perda dos diplomas, eles foram condenados a pagar multa e, com exceção de Dias, à inelegibilidade por oito anos.

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Depois que a condenação da Justiça Eleitoral de Blumenau foi mantida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), os vereadores e suplentes apresentaram novos recursos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Fiedler foi o único que se licenciou do cargo e deve demorar a voltar à Câmara:

– Tenho um sentimento de frustração muito grande porque provavelmente não tenho envolvimento em nenhuma das denúncias e acabei recebendo toda a conta no processo eleitoral.

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Dias questiona o fato de não ter sido ouvido pela Justiça, diz que não vai se licenciar e lamenta o constrangimento que as denúncias trouxeram à família:

– Se fosse 15 anos atrás não ligaria, porque meus filhos eram pequenos, mas hoje eles veem tudo o que falam. Meus amigos e eleitores sabem que eu não tenho nada a ver com esse Tapete Negro.

Vieira se diz desgastado com a exposição e gostaria que tudo já tivesse acabado. Já Roncáglio se sente injustiçado por ser acusado de cobrar ações que, segundo ele, eram promessas do governo:

– Fui condenado por defender o povo e não tive direito de me defender nenhuma vez.

O vereador Robinsom Soares foi procurado desde sexta-feira, mas não foi localizado até o fechamento desta edição.

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