Empresa, candidatos e até um servidor público estão sendo investigados pelo Ministério Público (MP) por suspeita de fraude na licitação do concurso que selecionou três novos funcionários para a Câmara de Vereadores de Laurentino, no Alto Vale.

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Tanto o processo licitatório para contratar a empresa responsável por aplicar a prova quanto o resultado estão sendo questionados. Nesta terça-feira (25), uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) apreendeu documentos em três cidades do Alto Vale e uma do Norte.

Batizada de “Vaga Certa”, a ação cumpriu mandados de busca e apreensão em Laurentino, Ibirama, Salete e São Bento do Sul. A suspeita é de fraude no concurso público ocorrido no final de 2022 em Laurentino para escolher um contador, auxiliar de serviços gerais e agente legislativo. Neste último cargo, a suspeita é que dois candidatos com possíveis ligações com pelo menos um servidor público da prefeitura teriam se beneficiado do certame.

Além disso, diz ainda o MP, há fortes indícios de ilegalidade no processo licitatório que resultou na escolha da empresa que organizou o concurso. Para o Ministério Público, as provas colhidas até o momento fundamentam as investigações, que começaram há três meses. Não há prazo para a conclusão delas.

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Assessor jurídico da Câmara, Jonas Tonet explica que o concurso foi organizado pela prefeitura a pedido do Legislativo municipal. Quando a promotoria informou sobre a investigação, Jonas afirma que todos os documentos foram disponibilizados e que a recomendação do MP de suspender a nomeação dos aprovados foi acatada.

— Pelo que vimos até agora não há envolvimento de nenhum servidor ou vereador da Câmara — defende.

Agora, a Casa Legislativa aguarda o andamento das investigações para avaliar o que será feito. Se necessário, fará novamente o concurso, garante o assessor.

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