As respostas curtas e objetivas transmitem uma segurança atípica para um jovem de 20 anos. Mas não é apenas isso que diferencia Guilherme Natan Fasolin, recémformado

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em Relações Internacionais pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), em Itajaí. Desde os 17 ele sabe o que quer para o futuro: ser diplomata.

Esse objetivo vem carregado de uma dose diária de estudos de até seis horas e muita determinação. O sonho da carreira diplomática começou na procura por um curso universitário. Guilherme avaliou a graduação em Relações Internacionais e se interessou pela profi ssão. Desde o ingresso na faculdade, ele se prepara para um dos concursos mais concorridos do Brasil – inclusive antecipou a fi nalização da faculdade para conseguir se dedicar mais ao estudo. O jovem já fez duas provas e se prepara para a terceira em agosto.

– As duas primeiras foram para teste, porque a média de idade que alguém consegue passar para o Instituto Rio Branco é de 30 anos – diz.

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Guilherme explica que não gosta muito de receita pronta para estudos e se considera um autodidata. Ele começa lendo atentamente o edital, estabelece agenda semanal de estudos e tem horários definidos para enfiar a cara nos livros. A rotina também requer sacrificar momentos livres do fim de semana e eventos familiares. Mas só isso não basta. Ele estuda inglês desde os 12 anos, fez aulas de francês e estudou espanhol em casa.

-Tem gente que acha que a carreira é só viajar ou falar outros idiomas, mas tem que saber lidar com as diferenças e aprender com elas-, destaca.

Guilherme, mesmo tão jovem, tem consciência dos desafios profissionais pela frente, que podem incluir morar em países conturbados como Afeganistão ou Paquistão. Mas para ele, tudo isso será recompensador.

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Como funciona:

O concurso de admissão no Instituto Rio Branco tem quatro fases

1ª Prova de Língua Portuguesa e Inglesa, História do Brasil e Mundial,Geografia, Política Internacional,Noções de Economia e de Direito, além de Direito Internacional.

2ª Prova de Língua Portuguesa.

3ª Provas escritas de História do Brasil, Geografia, Política Internacional,Língua Inglesa, Noções de Economia, Noções de Direito e Direito Internacional Público.

4ª Provas escrita de Língua Espanhola e Língua Francesa.

Aprovado no concurso, o candidato entra para a carreira diplomática como terceiro-secretário, com uma remuneração inicial de R$ 13.623,10. Os cargos seguintes são:

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segundo-secretário, primeiro-secretário, conselheiro, ministro de segunda classe e ministro de primeira classe (embaixador). Em 2012, foram 6.423 inscritos para 30

vagas, perfazendo 214,1 candidatos por vaga.