A prefeitura de Florianópolis anunciou a previsão de lançar na primeira metade de agosto de 2023 um edital para um novo concurso público. O compromisso aparece em uma proposta da gestão Topázio Neto (PSD) encaminhada ao Sintrasem, sindicato que representa os servidores municipais da Capital catarinense, atualmente em greve, durante a negociação para dar fim à paralisação.

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O sindicato rejeitou a proposta em que consta a previsão de concurso na última terça-feira (7). Ainda assim, a prefeitura afirma que o edital era previsto já antes da greve e será lançado de todo modo.

A gestão Topázio não esclareceu até o momento quantos ou quais cargos estarão contemplados pelo novo edital, que, ainda de acordo com a prefeitura, está na fase de documentação. “Lançamento do edital de concurso público até a primeira quinzena de agosto, para os cargos do município”, diz a prefeitura em trecho da proposta recém-recusada pelos servidores.

Previsão de concurso em 2022

Em junho do ano passado, um acordo assinado por representantes da prefeitura e do Sintrasem junto ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), também para dar fim a uma greve dos servidores municipais, estabelecia um compromisso do poder público em realizar, até o fim de 2022, um concurso público para médicos, técnicos de enfermagem e demais agentes de saúde de modo geral.

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A previsão não fui cumprida até aqui pela gestão Topázio. Questionada pelo NSC Total, a prefeitura não esclareceu qual o motivo do atraso, mas afirmou que o novo edital previsto para agosto deste ano deve incluir cargos de profissionais de saúde, conforme já teria sido confirmado pelo prefeito.

Sindicato pede convocação

O diretor do Sintrasem Bruno Ziliotto afirma ver um avanço na previsão do edital, mas acrescenta ser necessário maiores esclarecimentos da proporção dele e também rapidez na convocação dos aprovados de concursos que já tenham sido realizados. Isso envolve não apenas a saúde, mas também outras áreas que, na avaliação do sindicato, tem déficit de profissionais, como a assistência social.

— A proposta avança no sentido de colocar uma data, mas é preciso ter o chamamento. Mesmo que exista o concurso, ele pode ficar vigente por dois ou quatros anos, e chamar muito pouco ou mesmo ninguém. A proposta tem que estar casada com prazo, mas também com número de vagas, de cargos. Para o caso da saúde, já representa um atraso de mais de meio ano — diz Ziliotto.

Ele afirma ainda ser necessário um compromisso com o plano de carreira dos servidores já convocados, para evitar evasão de profissionais qualificados, o que compromete os serviços públicos na cidade. No caso da saúde, ele cita a ainda aguardada aplicação do piso da enfermagem aos profissionais.

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