A ponte sobre o Rio Putanga, entre Guaramirim e Massaranduba, vai sofrer um atraso de pelo menos três meses. De acordo com a Secretaria de Planejamento de Guaramirim, o motivo é que foi preciso refazer duas vezes o trabalho de retirada do solo mole e a colocação de um reforço de pedra na base que vai sustentar a máquina de bate-estaca. Com as chuvas do mês passado, o nível do rio subiu e levou o material.

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Inicialmente, a previsão da Prefeitura é que a ponte estaria pronta até o final deste ano. De acordo com a diretora de Planejamento, Ana Beatriz Schier, agora a expectativa é que as cabeceiras sejam concluídas em dezembro e que a passagem seja liberada apernas em março. A próxima etapa é o estaqueamento, que deve começar na primeira semana de novembro. A obra está sob responsabilidade da BTN Construtora, de Joinville.

Desde que a a estrutura caiu após uma enchente, em março de 2011, o deslocamento entre os bairros Putanga, em Guaramirim, e Guarani-Açu, em Massaranduba, só pode ser feito pela SC-108, aumentando o percurso em cerca de dez quilômetros. A maior dificuldade é enfrentada pelos agricultores, pois a estrutura fica em meio à plantações de arroz.

Até o início das obras, os moradores passavam de um lado a outro sobre um poste improvisado, colocado entre os entulhos da antiga ponte e a margem em Guaramirim, que servia como um atalho.

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O rizicultor Osmar Von Der Bylaardt, 49 anos, sabe muito bem a falta que a ponte faz. Morador do bairro Putanga, em Guaramirim, Bylaardt tem plantações de arroz do outro lado da ponte. Sem a estrutura, ele percorre cerca de 15 quilômetros todos os dias para trabalhar no bairro Guarani-Açu. Bylaardt diz que o deslocamento das máquinas tem gerado uma despesa de aproximadamente R$ 5 mil por ano.

– Esse problema dividiu a comunidade. Os bairros que ficavam a uma distância de 300 metros agora estão separados por quase 20 quilômetros – lamenta.

A reconstrução da estrutura começou em junho, com a retirada do barro às margens do rio e a remoção dos entulhos da antiga ponte. No começo do ano, o projeto executivo da obra precisou ser refeito, em virtude de uma erosão nas margens que ocorreu no período em que as obras ficaram paradas. Com isso, o comprimento a passagem aumentou de 28 metros para 33,5 metros e o custo passou de R$ 650 mil para R$ 850 mil.

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O cronograma também atrasou porque a Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina (Badesc), que vai financiar R$ 600 mil para a construção da estrutura, exigiu adequações no projeto.