A Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram) terminou as demolições previstas na primeira parte da ação da Justiça Federal que pedia a retirada de ranchos de pesca e outros imóveis que estavam em área de preservação permanente no canto direito dos Ingleses, no norte da Ilha.

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De acordo com a assessora jurídica da Floram, Martina S. Thiago, além do museu do Projeto Arqueologia Subaquática (PAS), que inicialmente fazia parte da ação judicial, mas está com a demolição suspensa até que um novo local seja encontrado, permaneceram no local os ranchos de pescadores comprovadamente artesanais:

— Ficaram somente aqueles que estão em processo de regularização. Estamos junto com estes pescadores, Ipuf e outros órgãos estudando o local, como serão os novos ranchos. Neste ano não teremos mais demolições — explicou.

O pescador Rodrigo Amilton, presidente da Associação dos Pescadores dos Ingleses, diz que todos ainda aguardam as definições:

— Fomos na última reunião no início do mês no Ministério Público Federal para explicar que o local que eles querem colocar os nossos ranchos não é bom pra gente, mas até agora não teve nenhuma novidade. A gente continua trabalhando e vendo eles tirarem o entulho em passo de tartaruga — conta o Amilton.

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(Foto: Agencia RBS)

Ação conjunta para terminar a limpeza da área

No dia 26 de outubro, mais de um mês após o início das demolições, a Floram iniciou junto com a Comcap, a Secretaria de Obras e a Subprefeitura do Leste um mutirão para finalizar a limpeza total da área. Pescadores estavam reclamando da demora na remoção do entulho.

— Já vieram três empresas diferentes que deixaram pela metade, pois disseram que a prefeitura não fez o pagamento — contou Amilton.

A assessora jurídica da Floram, Martina Thiago, explica que o contrato para as demolições e limpeza contempla um certo valor que atingiu o limite, por este motivo precisará ser feito um novo contrato no próximo ano, mas finalização da limpeza e revitalização da área já estão previstas.

Com o mutirão, a limpeza deve ser concluída em 10 dias se a previsão do tempo colaborar. O secretário de obras, Rafael Hahne, diz que o objetivo é terminar o mais rápido possível:

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— Queremos dar tranquilidade à comunidade e aos pescadores locais, já preocupados com a demora na remoção dos entulhos — disse.