As concessões de rodovias previstas pelo governo federal dentro do Programa de Investimentos em Logística (PIL) não vão afetar as obras em estradas que já estão em andamento, entre elas a BR-280. A garantia foi dada pelo ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, que apresentou detalhes do PIL a deputados federais e estaduais de Santa Catarina na sexta-feira, em Florianópolis. De acordo com Rodrigues, os trabalhos serão absorvidos pelos responsáveis pelas concessões.
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– A ideia é fazer isso sem afetar em nada os serviços já contratatos – disse.
Com leilão previsto para 2016, a BR-280, no trecho de 307 km entre Porto União e São Francisco do Sul, é uma das estradas incluídas no pacote de concessões, que prevê duplicação e conservação de várias rodovias em troca do direito da cobrança de pedágio. O número de praças e os valores serão definidos nos estudos, que só devem ser concluídos no final do ano. Será considerado um preço máximo para a tarifa e as empresas oferecerão desconto, ganhando o menor valor.
Rodrigues informou que há uma reunião com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) marcada para quarta-feira. No encontro, serão discutidas as possíveis mudanças nos planos do ministério.
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– São estudos, podem ser aprimorados. Precisamos do apoio do Estado para discutir as concessões e discutir a melhor forma de fazer isso. As portas estão abertas – disse o ministro.
Trechos já licitados continuam com o DNIT
Por meio de sua assessoria de imprensa, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) confirmou à reportagem de “AN” que as obras da BR-280 atualmente em execução pelo órgão – nos lotes 2.1 e 2.2, entre a BR-101 e Jaraguá do Sul – permancem em andamento. Ainda não há prazo para emissão da ordem de serviço para o lote 1, entre a BR-101 e São Francisco do Sul.
Neste trecho de 74 km entre São Francisco e Jaraguá, as obras continuam a cargo do governo. O vencedor do leilão deve assumir a responsabilidade pela duplicação do restante da rodovia.
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COMO VAI FUNCIONAR
– O trecho da BR-280 a ser concedido tem 307 km e vai de Porto União a São Francisco do Sul. O investimento estimado é de R$ 2,1 bilhões.
– A primeira etapa será de estudos a serem realizados por empresas privadas, autorizadas pelo Ministério dos Transportes. Elas deverão manifestar interesse por meio do procedimento de manifestação de interesse (PMI) até o dia 20 de julho.
– Depois de autorizadas, as empresas terão 180 dias para apresentar os estudos, que serão avaliados pelo ministério.
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– O projeto será submetido à audiência pública pela ANTT para conhecimento e coleta de sugestões da sociedade. Ele deve ser aprovado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para, então, ser lançado um edital.
– O edital vai definir a data do leilão de concessão, previsto para 2016. Vence quem oferecer a menor tarifa de pedágio no trecho.
– A última etapa é a assinatura do contrato de concessão, que definirá o cronograma de obras e serviços.
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– Os valores do pedágio e a localização das praças constarão em estudos desenvolvidos pelas empresas que participarem dos PMIs e também serão levados à audiência pública.
FONTE: DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TERRESTRES (DNIT).