Quem passou a Copa pensando em trocar o carro ou comprar seu primeiro automóvel, mas esperou passar a jornada de jogos para ir até uma loja, ajudou a criar um cenário favorável para o consumidor, mesmo sem a intenção.
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As concessionárias e revendas de Joinville – e de boa parte do País – estão começando uma temporada que já é considerada uma das melhores para o consumidor nos últimos cinco anos.
– As vendas (em junho) foram 40% menores em relação ao mês anterior. É um momento em que todos estão reduzindo preços, melhorando a negociação – diz Paulo Roberto de Freitas, representante do setor no Núcleo de de Concessionárias de Veículos da Acij e um dos diretores da Fiat na região.
Três das maneiras mais tradicionais de atrair o consumidor são as promoções e queimas de estoque, a negociação flexível e comparada com a concorrência e a oferta em massa – os feirões. E a maioria das concessionárias já aderiu e está esperando os resultados.
Segundo Birajá Basqueira, dono da Flabicar, na zona Sul, é hora de recuperar as perdas do primeiro semestre.
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– Não está ruim, mas estava enfraquecido por causa da Copa. Assim que o Brasil perdeu, já começou a dar uma melhorada – diz.
Segundo ele, além dos preços, das condições e do IPI reduzido, ainda é possível contar com uma negociação flexível.
Para a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), que estima em 7,6% a queda nas vendas de veículos no primeiro semestre em relação a 2013, o estoque das montadoras e nos pátios é o diferencial para o consumidor, que pode buscar “modelos dos sonhos” pelo preço dos “modelos que cabem no bolso”.
Atenção na compra!
Apesar de o momento ser favorável, o consumidor não pode descuidar de alguns fatores ao negociar um automóvel.
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1) Negocie com calma: A temporada pode ser favorável, mas o melhor é sempre negociar sem pressa, prestando atenção em cada detalhe.
2) Benefícios: Leve em consideração todos os benefícios oferecidos pelo vendedor. Calcule o valor do IPVA que você pagaria no ato da compra, o preço dos opcionais (bancos diferenciados, ar condicionado, airbag, som, tanque cheio), prazos mais longos para o pagamento, troco na troca. Tudo deve fazer parte do cálculo final do preço do veículo.
3) Taxa zero: taxa absolutamente zero não existe. É preciso conversar e ver todas as situações que envolvem a compra, como o financiamento, as taxas e impostos que incidem sobre a operação bancária e o preço que seria pago à vista. Negocie e pergunte cada uma das situações.
É provável que haja diferenças de preços _ e, neste caso, diferença não é sinônimo de taxa zero. Se um veículo de R$ 60 mil é vendido à vista por R$ 57 mil, significa que havia R$ 3 mil de negociação. Isto representa 5%.
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4) Nada de impulso: A informação de que o momento é bom para a compra só vale para quem já vinha se preparando para o investimento. É importante lembrar que, além do custo do carro, muitas despesas paralelas surgem assim que o novo veículo entra na garagem, como o IPVA, a gasolina, o seguro e a manutenção. Faça as contas com calma antes de comprar.