O Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, exaltou na manhã deste sábado o desempenho econômico de Santa Catarina, mas reconheceu a necessidade de solução de problemas de infraestrutura que poderiam acelerar o desenvolvimento da região. Em uma entrevista coletiva na sede administrativa do governo, ao lado do governador Raimundo Colombo e do secretário da Fazenda, Antonio Gavazzoni, ele defendeu aos jornalistas a vantagem do modelo público-privado.

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– O Estado tem hoje um desafio no setor logístico e pode haver a participação do setor privado. Não há porque o Aeroporto Hercílio Luz, por exemplo, não se beneficiar disso. Essa concessão pode ocorrer ainda este ano – afirmou.

Estela Benetti: Levy prevê retomada do crescimento somente em 2016

O governador Raimundo Colombo comentou a afirmação e disse que o Estado tem estudos para a concessão das principais rodovias, entre elas a BR-470 e BR-280. Hoje, Santa Catarina tem 600 quilômetros pedagiados, entre eles a BR-101 no Norte e Litoral e BR-116. Estuda-se de forma avançada outros 400 quilômetros BRs 153, 282 e 480 no Oeste.

Retomada da economia depende de dois fatores importantes

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Para Levy, o crescimento econômico do Brasil passa pela aprovação de um projeto de ajuste fiscal no Congresso, além de evitar que exista um aumento de despesa crescente no governo federal.

– O ajuste fiscal é imprescindível para que se reequilibre as contas do governo. A dívida pública ainda vai subir este ano, mas precisa entrar numa trajetória de queda, se não corremos risco de downgrade e aumento da taxa de juros – afirmou.

Além disso, o ministro defende que a confiança fiscal é fundamental para que o setor privado volte a crescer.

– O segundo movimento necessário é a retomada da disposição e confiança do setor privado para tomar riscos e voltar a investir. 2015 pode ser um ano interessante se esses dois movimentos ocorrerem – disse o ministro.

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Convergência da alíquota do ICMS e guerra fiscal entre Estados

O ministro também defendeu a necessidade de um acordo entre os Estados para a convergência da alíquota do ICMS. Hoje, há um projeto que cria um fundo de participação dos Estados e governo federal para investimento em infraestrutura. A mudança seria para a arrecadação maior no destino dos produtos do que na origem.

– No caso do ICMS uma convergência da alíquota que favoreça o comércio entre os Estados é fundamental. O Senador LHS foi fundamental para o avanço entre os Estados. Essa mudança reduziria a guerra fiscal entre os Estados e favoreceria o dinamismo da economia – afirmou.