Uma estimativa de safra recorde de 251 milhões de toneladas no Brasil foi divulgada nesta terça-feira pela Companhia Nacional de Abastecimento, o que representa um acréscimo de 3,8% e 9,1 milhões de toneladas em relação à safra passada, de . Disso, 6,6 milhões de toneladas seriam produzidos em Santa Catarina, num aumento de 1,3%, apesar de algumas perdas com estiagem.
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A safra recorde está sendo puxada pela produção de soja, que também deve ser a maior da história, com 123,2 milhões de toneladas, 7,1% a mais do que no ano passado, devido a aumento de área e de produtividade.
A previsão a safra de milho, que havia caído de 100 milhões de toneladas para 98 milhões de toneladas em virtude da estiagem, voltou a ter uma estimativa superior a 100 milhões de toneladas. De acordo com a Conab as boas cotações do milho impulsionaram o plantio da segunda safra, que também está com clima favorável no Mato Grosso.
A primeira safra de feijão tem previsão de crescimento de 9,4%, passando de um milhão de toneladas. O arroz tem pouca variação e fica em 10 milhões de toneladas.
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Em Santa Catarina a Conab estima a produção de milho em 2,9 milhões de toneladas, somando a primeira e a segunda safra. Para a soja a previsão é de 2,4 milhões de toneladas e, para o arroz, um milhão de toneladas.
O vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina (Faesc), Enori Barbieri, disse que, com exceção de regiões mais próximas do Rio Grande do Sul, como Campos Novos, que tiveram perdas consideráveis com a estiagem, no geral a produção deve ser boa e com boa rentabilidade para o agricultor catarinense.
A previsão é de que a safra de milho e soja represente uma injeção de R$ 5,5 bilhões na economia catarinense, segundo a Faesc.
– Tem produtor de soja que deve colher mais de 80 sacas por hectare e produtores de milho, já me relataram 238 sacas por hectare. E, apesar do alívio com a previsão de uma boa safrinha de milho no país, o preço se mantém alto pela demanda interna. Isso remunera o produtor de milho mas acaba aumentando os custos para os criadores de aves e suínos – afirmou.
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Barbieri destacou que apesar do bom momento nas exportações o preço da carne no mercado interno, que representa 70%, está limitado pelo poder aquisitivo da população. Com isso as margens de lucro dos criadores deve diminuir.