Uma das maiores comunidades ucranianas no Brasil fica em Santa Catarina. Em Itaiópolis, no Planalto Norte, mais de mil famílias possuem descendência da Ucrânia, país que enfrenta uma guerra contra a Rússia. Além disso, a principal paróquia ucraniana do estado tem sede no distrito de Iracema, em Itaiópolis.
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Ao receber a informação do conflito, a comunidade se assustou com as consequências do acontecimento. Em entrevista à NSC TV Joinville, o engenheiro agrônomo e vereador Adriano Cembalista revelou que os moradores ficaram muito entristecidos e aflitos. Um dos pilares para lidar com a tensão é o apego à esperança.
– A gente tem se agarrado principalmente em oração, pedindo pra Deus acalmar nosso coração através de orações, não importa o credo religioso. A gente acredita muito em Deus e tem esperança que isso acabe logo – comenta.
A estudante Carol Miretki, 17 anos, se diz angustiada ao acompanhar a situação do país de seus descendentes de tão longe.
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– É uma cena de tristeza, uma aflição. Porque mesmo não sendo de lá, a gente sente, porque eu cresci aqui na comunidade que cultiva as tradições e tudo, então querendo ou não é um baque – declara.
Tradição é mantida mesmo à distância
Mesmo estando em um continente há mais de 11 mil quilômetros de distância, as tradições e os costumes ucranianos estão presentes em muitos lugares em Itaiópolis. Para à NSC TV Joinville, o artista plástico e tataraneto de ucranianos, Maurício Linecia, disse que ajuda a manter viva a cultura de seus antepassados através do cultivo da pessânka, um ovo decorado à mão, artesenato de tradição no país do Leste Europeu.

– O trabalho com as pêssankas envolve toda uma simbologia, uma simbologia que vem antes do cristianismo. É uma simbologia bem antiga, cada traço e cada cor tem um significado. [A pêssanka] é feita em ovos justamente porque o ovo representa essa vida nova, esse mistério da vida. Cada traço, cada cor é como se fosse uma forma de uma carta, uma carta de esperança – explica.
Sob supervisão de Lucas Paraizo
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