Dois anos depois do início das obras, a instalação da Estação Elevatória de Esgoto (EEE), na Praça Tiradentes, no bairro Floresta, ainda não terminou. Alvo de diversas reclamações por parte da comunidade, moradores e comerciantes continuam reclamando da demora na conclusão dos trabalhos. A previsão inicial da Companhia Águas de Joinville era finalizar a unidade até abril deste ano. Agora, a nova previsão é liberar o espaço para utilização no início de 2020.
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– Está tudo quebrado e esburacado em frente a minha casa, é poeira que antes não tinha, falta de calçada que quebraram. Agora, desde o começo de agosto que ninguém aparece para trabalhar e a chuva não é desculpa, porque nem choveu – reclama Djane Ventura Barreto, que mora em frente ao local da estação, na rua Eli Soares.
Conforme os moradores, com a demora na implantação, as pessoas que residem pela região são obrigados a conviver com a poeira dentro de casa, buracos, lodo na rua, o esgoto que volta pelos bueiros e ainda calçadas que ficaram destruídas após o início das obras. A estação é parte do trabalho de instalação da rede de tratamento de esgoto na região Sul do município.
O local para a implantação foi escolhido após estudos do relevo na área, sendo o local o ponto mais baixo dos arredores. A estação é um ponto de acúmulo dos dejetos para que depois sejam são bombeados para outras unidades até chegar a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Jarivatuba. A obra faz parte de um projeto maior que pretende avançar no tratamento de esgoto de todo o bairro
A comunidade reconhece a importância da obra para o bairro e a região, mas desde o início dos trabalhos demonstraram preocupação com a instalação da unidade no meio da praça. A principal preocupação é de que estação gere cheiro aos moradores do entorno. No entanto, segundo a Companhia, por se tratar de um sistema mais moderno, fechado hermeticamente e com dispositivo de filtros de carvão, a elevatória causa mau cheiro.
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Agora, a comunidade pede mais agilidade na conclusão da obra e reclamam que diariamente veem o canteiro sozinho, sem nenhum trabalhador no espaço.
– Eles disseram que agora no mês de setembro vão concluir a parte cível, mas de que jeito vão concluir se não tem ninguém trabalhando desde o dia dois de agosto? – reclama o empresário Claudir Luiz Pacheco.

Conclusão
Assim que estiver concluída, a elevatória vai atender cerca de 8 mil moradores da região. Durante a instalação, a companhia recebeu as reclamações dos moradores e vem buscando minimizar o impacto causado à comunidade. De acordo com Vinicius Voltolini, diretor de operações e expansão da companhia, a implantação de toda a estrutura da estação já foi realizada. A próxima etapa, que deve ser realizada no fim deste mês, é a interligação das redes da rua Eli Soares até a elevatória.
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– Estamos aguardando a chegada de alguns equipamentos para fazer as instalações internas da estação elevatória, com previsão de conclusão em novembro deste ano – afirma.
Depois desta etapa, a companhia ainda vai realizar outras instalações nos arredores da estação para que ela seja colocada em operação em 2020. Ainda conforme Voltolini, não há pessoas operando no local neste momento porque a empresa aguarda o recebimento de alguns insumos para dar continuidade aos trabalhos.
O diretor ainda disse que já está em contato com a empreiteira para ajustar alguns pontos de melhoria na execução da obra. A repavimentação da rua também deve ser realizada assim que finalizar a implantação, além disso, na próxima semana, devem ser realizados serviços paliativos na rua e na estação para minimizar os impactos ocasionados à população, principalmente com relação aos pontos danificados, como as calçadas, durante a obra.