Uma manifestação na Praça Nereu Ramos, em frente á prefeitura de Biguaçu, reuniu ontem servidores do município e a população que está revoltada com a redução dos serviços públicos.

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Funcionários temporários foram demitidos, o ano escolar foi reduzido e outros serviços deixaram de ser prestados com a economia de combustível na frota de veículos. A administração municipal pretende economizar R$ 3 milhões até o fim do ano.

O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Biguaçu, Jorge Eduardo Silva, informou que 49 temporários, dos 1.116, foram demitidos sem uma negociação com a entidade. Em virtude disso, o sindicato ajuizou um pedido de liminar pedindo a reintegração dos servidores.

– Biguaçu tem 750 efetivos, 150 comissionados e 1.116 temporários, que estão ameaçados de perder o emprego. Além disso, a prefeitura reduziu o ano letivo em 14 dias para economizar R$ 500 mil – sentenciou o sindicalista.

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O Centro de Educação Infantil do bairro Jardim Janaína, por exemplo, perdeu cinco profissionais de educação. Dois foram demitidos e outros três remanejados para outras unidades. A dona de casa Ana Paula da Silva Espíndola, 30 anos, informou que falta merenda na creche.

– A economia chegou ao absurdo de reduzirem a merenda das crianças. A coordenação da creche pede para os pais que possam colaborar com o envio de lanche – reclamou a dona de casa.

O orçamento municipal previa uma arrecadação de R$ 100 milhões por ano. Em virtude da situação financeira caótica, o prefeito Ramon Wollinger baixou o decreto 159/2015, que prevê algumas medidas para a redução de custos até o dia 31 de dezembro de 2015.

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Além da demissão de temporários e de comissionados, a administração reduziu pela metade a frota de veículos circulando, o combustível e acabou com os celulares.

– Os efetivos precisam entender que os cortes são para garantirmos a folha de pagamento. Teremos a redução de seis secretários, entre os 22 em atividade. Alguns secretários cuidarão de duas secretarias e funcionários efetivos comandarão outras – explicou o prefeito.

Ramon também nega a falta de merenda nas escolas e creches municipais. Ele afirmou que está cuidando para manter os serviços essenciais de saúde e educação.

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– Investimos na educação e na saúde mais do mínimo previsto em lei. O problema é que somente a educação tem 70% dos servidores temporários do município – revelou.

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