Os computadores e equipamentos apreendidos na manhã desta quarta-feira pela polícia em São João Batista, na Grande Florianópolis, na casa de empresários e políticos, serão encaminhados para o Instituto Geral de Perícias (IGP).

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A Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) espera com a perícia obter novas informações para a investigação que apura denúncia de extorsão contra o prefeito do município, Aderbal Manoel dos Santos.

Entre os objetos apreendidos está um relógio com uma microcâmera embutida em que foi feita uma gravação onde o prefeito aparece entregando R$ 2 mil ao cabeleireiro Adão Pires de Menezes, o Beto.

Segundo a polícia, o dinheiro era da conta pessoal do prefeito e foi entregue como um pedido de ajuda feito pelo cabeleireiro, que havia se filiado anteriormente a um partido político.

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Depois, a polícia afirma que o prefeito passou a ser alvo de ameaças de extorsão, onde o grupo que supostamente arquitetou o plano pedia R$ 150 mil.

À tarde, o ex-prefeito de São João Batista, Jair Sebastião de Amorim, o Nonga, prestou depoimento na Deic. Ele esteve acompanhado de seu advogado, Jeyson Puel, e foi interrogado pelo delegado Renato Hendges, e policiais da Divisão Antissequestro, responsáveis pela investigação.

Nonga não quis dar a sua versão do episódio à reportagem. Ele é um dos investigados em que os policiais cumpriram ordem judicial de busca e apreensão na casa em que mora.

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O advogado de Nonga afirmou que ele falará sobre o caso apenas em juízo. Beto cabeleireiro não foi encontrado pelo DC para comentar as suspeitas. A Deic vai ouvir novas pessoas no inquérito.

Na apuração, há gravações e cópias de mensagens a telefones celulares que indicariam as suspeitas de extorsão.

Conforme o delegado Renato Hendges, o grupo seria adversário político de Aderbal e pretendia difamá-lo no município com a gravação. Aderbal não pagou o valor exigido.

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