O “rehab” do sexo virou moda entre as celebridades que pulam a cerca, entre elas o jogador de golfe Tiger Woods. Para o psiquiatra Alexandre Saadeh, especialista em sexualidade pela Universidade de São Paulo, o tratamento para compulsivos sexuais é demorado, mas pode ter bons resultados se for feito com um acompanhamento médico criterioso.

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Estima-se que até 6% da população tenha algum tipo de compulsão sexual, segundo dados da Organização Mundial de Saúde. Para ser caracterizada como compulsiva sexual, a pessoa precisa ter, além de uma obsessão por sexo, a sensação de culpa e falta de controle sobre seu desejo.

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O tratamento, explica Saadeh, é feito como qualquer outro tipo de compulsão, como a por compras ou por comida. Na reabilitação, o paciente passa por uma triagem feita por um psiquiatra, que vai definir que tipo de tratamento é o melhor para o caso. O médico pode recomendar a psicoterapia, medicamentos (como antidepressivos) ou até mesmo a internação em um centro psiquiátrico.

– É preciso fazer uma boa análise de cada caso para ver se a pessoa realmente tem um problema ou se a história de ser viciado em sexo é só uma desculpa para uma traição – diz Saadeh.

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Para o psiquiatra, é importante que o paciente passe por etapas que ajudam a mudar seu comportamento. Entre elas assumir o problema, explicar para si mesmo e para os outros o que e porque aquilo aconteceu, pedir desculpas e virar a página para seguir em frente.