Diário Catarinense – Criciúma aparece como o menos endividado entre os 24 maiores clubes brasileiros. Como chegaram a esse número?

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Lédio D’Altoé – Nossa dívida tributária aparece como R$ 600 mil no relatório da BDO, mas na verdade não temos essa dívida, é que ainda estava no prazo para ser paga e ficou registrada no balanço. Os R$ 7 milhões são de empréstimos do próprio Angeloni. Até porque estamos com projetos no Ministério Público de mudanças na estrutura, base, que não dá para manter se estiver endividado. Se é difícil para nós que não temos dívidas, imagino para esses clubes que não conseguem sequer pagar os salários.

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DC – O que foi e está sendo feito para quitar as dívidas?

Lédio – Desde que o Antenor Angeloni assumiu a presidência, em 2010, estamos trabalhando para quitar o que o clube tinha de dívidas. Era dívida trabalhista, impostos. Ele tem essa preocupação, administra como se fosse a empresa dele. Aqui nos comprometemos em pagar as parcelas, pagamos os salários em dia, temos orçamento. Para uma boa administração, é não gastar mais do que arrecada, não tem segredo.

DC – Como é feito o planejamento?

Lédio – Fazemos planejamento semestral, porque temos garantia de um ano com a TV, se tivéssemos fechado por dois, três anos, como alguns grandes times, poderíamos fazer um planejamento a longo prazo. Se você cai para Série B, diminui muito o valor repassado, aí tem que adequar o orçamento. Todo semestre faço um novo orçamento.

DC – Quais são as principais fontes de renda do clube?

Lédio – As principais fontes de renda são o repasse da TV, os sócios e vários patrocinadores.