Compras de mais de R$ 5 mil foram feitas com cartão de Jeff Machado após desaparecimento

Ao menos quatro transações, que totalizaram mais de R$ 5 mil, foram feitas com o cartão de crédito de Jeff Machado após o desaparecimento do ator em 23 de janeiro. Os dados constam na fatura do cartão de crédito entregue à polícia na segunda-feira (29). As informações são do g1.

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As transações ocorreram nos seguintes dias:

• 1ª transação no dia 23/01/2023 de R$ 22;
• 2ª transação no dia 25/01/2023 de R$ 680;
• 3ª transação no dia 25/01/2023 de 2 parcelas de R$ 750;
• 4ª transação no dia 26/01/2023 de 3 parcelas de R$ 1.063,34.

O total da movimentação seria de R$ 5.392,02.

— Achamos que essa fatura pode conter pistas que podem ajudar a polícia a identificar os envolvidos na morte do Jeff ou trazer outros elementos importantes para a investigação — pontua o advogado que representa a família do ator, Jairo Magalhães.

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Ainda segundo a investigação, também houve movimentação na conta bancária do ator. O fato foi notificado à polícia.

— Trouxemos documentos que poderão ajudar na investigação. São documentos sigilosos — diz o advogado.

A Delegacia de Descoberta de Paradeiros, no Rio de Janeiro, já fez cruzamento de informações que indicam que Jeff Machado, de 44 anos, morreu no fim de janeiro. Essa é a data apontada pela mãe do ator, Maria das Dores Machados, já que foi a partir daí que o filho começou a se comunicar apenas por mensagens de texto.

— Falei com o meu filho no dia do aniversário dele, dia 19 de janeiro, e no dia 21. A partir do dia 23 eu ligava para ele e ele dizia: “Não posso falar, mãe”. E respondia umas coisas escritas no WhatsApp que eu sentia que não era o meu filho que estava escrevendo — conta.

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O veterinário André Meirelles, amigo do ator, contou que falou com ele em 22 de janeiro, por conta do seu aniversário. Jeff teria o parabenizado nesse dia. Depois, ele teria sido acionado, supostamente por Jeff via aplicativo de mensagens, para ajudar a acolher os cães encontrados em bairros da Zona Oeste do Rio.

Além disso, o veterinário estranhou quando pediu para o ator ligar ou mandar áudio explicando melhor a situação. Como resposta, ele recebeu que “não seria possível porque o telefone estava ruim por ter caído no vaso sanitário”.

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Por fim, o carro do ator foi multado em 23 de janeiro, às 20h26min, após passar por um bloqueio viário policial na Estrada da Ilha, em Guaratiba, na Zona Oeste.

Nos dias seguintes, família e amigos tentaram contatos reais com Jeff, mas foram em vão até que os cachorros do ator começaram a aparecer em bairros da Zona Oeste em 30 de janeiro. Foi quando desconfiaram de que havia algo errado.

— Meu filho vivia para aqueles cachorros. Jamais ia deixá-los, eram a vida dele. O Jeff dormia com os cachorros, a casa era dos cachorros — explica a mãe.

O corpo de Jeff foi encontrado em 22 de maio, dentro de um baú, concretado no piso de uma casa em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. De acordo com o laudo da necropsia, ele pode ter sido morto por asfixia ou estrangulamento.

O sepultamento ocorreu em 27 de maio em Araranguá, no Sul de Santa Catarina, onde nasceu.

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Amigo é investigado

Bruno de Souza Rodrigues, amigo do ator, é um dos suspeitos pela morte. De acordo com a investigação, uma das hipóteses é de ele que teria sido enganado com a promessa de entrar em uma novela. O advogado da família afirma, ainda, que o homem estava com os cartões de Jeff.

O amigo foi quem registrou o desaparecimento na delegacia. Ele também estava com as chaves do carro e da casa do ator. A defesa alegou que aguarda o avanço das investigações “com serenidade”.

Bruno trabalhou na Globo até 2018, quando foi demitido. Em nota, a emissora informou que forneceu neste domingo (28) à polícia os detalhes do desligamento.