A compra de fios roubados virou alvo de uma operação da Polícia Militar no Litoral Norte de Santa Catarina. Mais de 100 agentes foram às ruas na manhã desta terça-feira (13) para fiscalizar ferros-velhos, empresas de sucatas e pontos de reciclagem. O objetivo é apurar a procedência dos materiais. Oito pessoas acabaram presas em flagrante.
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Batizada de Alta Tensão, a operação ocorreu nas cidades de Balneário Camboriú, Camboriú, Itapema, Porto Belo, Bombinhas, Tijucas, Canelinha, Nova Trento, São João Batista e Major Gercino. A compra de produtos originários de furtos e roubos — como fios, alumínio e bicicletas — configura crime de receptação, com pena de um a quatro anos de prisão.
A força-tarefa percorreu 32 estabelecimentos e encontrou fios de energia que pertencem à Celesc, portões de alumínio e bicicletas provenientes de furto, segundo a Polícia Militar. O balanço completo ainda não foi divulgado, mas sabe-se que as prisões ocorreram em Balneário Camboriú e Itapema.
No início deste mês, uma tentativa de furto de fiação causou um apagão em parte de Balneário Camboriú e Itajaí. Segundo a estatal, uma pessoa arremessou um objeto na rede para tentar desarmá-la e levar os cabos. O crime deixou um prejuízo milionário, pois só o transformador queimado na subestação da Celesc custa mais de R$ 2 milhões.
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O problema se tornou mais recorrente este ano. Segundo o Núcleo Litoral da Celesc, que compreende as cidades Itajaí, Itapema, Balneário Camboriú, Penha, Barra Velha, Balneário Piçarras e Porto Belo, de janeiro a junho de 2021, cerca de 400 furtos de cabos na rede elétrica de distribuição dos municípios foram registrados.
De acordo com a companhia, em 2020, o número de casos ficou em 195.
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