Instaurada nesta semana em Bombinhas, a CPI da TPA (o pedágio ambiental de Bombinhas) mal começou e já virou polêmica. Isto porque dois vereadores da base governista se apresentaram como interessados em participar da comissão e tiveram os nomes aprovados pela presidência da Câmara de Vereadores.
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O terceiro membro eleito foi Celino João dos Santos Filho (Solidariedade), que desde o ano passado articulava com os demais parlamentares para que o Legislativo investigasse possíveis irregularidades no sistema.
Com a escolha de Osmar Santos (PDT) para presidir o grupo e Alan de Souza (PSB) numa eleição interna, coube a Celino ficar como terceiro membro da CPI – sem muito poder de influência sobre os caminhos da investigação. Insatisfeito, ele decidiu renunciar ao posto.
– Estou muito frustrado. Foi uma manobra governista para acabar com a investigação antes mesmo de ela começar – afirma.
A presidente da Câmara Lourdes Matias (PDT) diz que a eleição dos membros levou em conta o regimento interno, que determina que o processo deve obedecer à representatividade dos partidos na casa. Segundo ela, a escolha não vai comprometer a investigação porque ela ocorrerá com acompanhamento de todas as pessoas que quiserem participar, inclusive da comunidade.
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Uma reunião nesta sexta-feira deve definir a agenda de trabalhos – o vereador João Vitor da Silva (PT) entrou na comissão no lugar de Celino.
A intenção da CPI é investigar irregularidades na cobrança e aplicação do dinheiro arrecadado com a TPA, exigindo mais transparência por parte da prefeitura. Se até o final no ano a CPI não for concluída, ela acaba automaticamente porque se inicia nova gestão.
Até agora, a prefeitura já arrecadou R$ 6,9 milhões com o pedágio. E ainda tem R$ 5,6 milhões a receber. (Colaborou Bianca Ingletto, RBS TV)