O Complexo Portuário, que contempla Porto de Itajaí e Portonave, recebeu neste domingo o maior navio que já atracou nos terminais. A embarcação de 303, 92 metros de comprimento atracou durante a manhã no terminal portuário de Navegantes, com o auxílio de quatro rebocadores.
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A manobra de atracação começou às 10h30, com o prático subindo a bordo do MSC Loretta, e terminou uma hora e meia depois. Alexandre Gonçalves da Rocha, que trabalhou no procedimento, conta que a operação demorou um pouco mais para ser concluída, pois durante a entrada no canal do Itajaí-Açu, o navio permaneceu em velocidade moderada para minimizar os riscos.
– Para não correr nenhum risco, operamos durante todo o tempo entre quatro e sete nós (aproximadamente 8 km/h a 14 km/h) – explica.
De acordo com o prático não houve problemas em atracar o navio, que tem 40 metros de largura e estava com o calado em meia carga. O uso de quatro rebocadores foi necessário porque a praticagem está operando embarcações com mais de 300 metros em caráter experimental.
– Isso é muito importante porque buscamos um equilíbrio entre as necessidades de produzir e a de proteger o navio e o porto – explica.
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A partir do momento que as operações passarem a ser frequentes, esse número pode ser revisto, pois a exigência é de que navios desse porte sejam manobrados com a ajuda de três rebocadores. Atracações de navios acima de 300 metros de comprimento no Complexo Portuário estão sendo realizadas em caráter experimental desde o dia 4 de outubro.
A embarcação que inaugurou as operações desse porte foi o MSC Luisa, com 300 metros de comprimento e 40 metros de largura. Para que a manobra do MSC Luisa ocorresse, foi necessária a aprovação de um estudo complementar que indicou a folga entre a quilha dos navios e o fundo do Itajaí-Açu.
A análise, feita pela empresa holandesa Arcadis, foi apresentada no fim de setembro à praticagem e à Capitania dos Portos. A verificação havia sido solicitada pela Marinha, sob a alegação de que os parâmetros estavam desatualizados. Desde que haviam sido definidos, em 2009, o canal passou por uma enchente, em 2011, e por obras de dragagem.