O aplicativo TrateCOV, lançado pelo Ministério da Saúde há uma semana, saiu do ar nesta quarta-feira (20) após a repercussão do seu funcionamento. Em entrevista ao CBN Hub, o médico infectologista Eduardo Campos de Oliveira analisou a polêmica do app, que recomendava o “tratamento precoce” do novo coronavírus, o chamado “Kit Covid-19” – com cloroquina até mesmo para recém-nascidos.
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— É uma situação completamente absurda. As pessoas colocam quaisquer sintomas, são classificadas como portadoras de Covid-19 e indicadas ao tratamento com estes medicamentos. Não há palavras que justifiquem a manutenção deste sistema para indicar tratamento que não tem efetividade no combate à Covid-19. Isso já está mais do que estabelecido na literatura nacional e internacional. Estudos mostraram que cloroquina, associada ou não à azitromicina, ivermectina e etc não tem indicação — afirma o médico.
Confira a entrevista com o infectologista dr. Eduardo Campos de Oliveira:
O aplicativo foi lançado pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, no último dia 13 em Manaus, Amazonas. De acordo com o Governo Federal, o app tem como objetivo “aprimorar e agilizar os diagnósticos da Covid-19”. Em testes, no entanto, verificou-se que o “Kit Covid-19” era recomendado a partir do relato dos mais diversos sintomas.
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— Nós já utilizamos ferramentas há muitos anos, mas baseadas em evidências científicas. Este sistema atual não tem nenhuma base de evidência. Estes medicamentos que são estimulados a prescrição precoce pelo Ministério da Saúde, o órgão máximo da saúde pública no país, são um documento falso, que não presta para este tipo de assistência à saúde da população — analisa dr. Campos.
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No site do Governo Federal, o Ministério da Saúde diz que o “TrateCOV sugere algumas opções terapêuticas disponíveis. Assim, o diagnóstico sai mais rápido e o tratamento tem início precocemente, contribuindo na redução de internações e óbitos.” Estudos mostram que medicamentos como cloroquina não têm eficácia no combate à Covid-19.
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