O costa-riquenho Carlos Muñoz ganhou destaque no cenário mundial quando bateu Gabriel Medina na abertura da etapa de Trestles, na Califórnia (EUA), em setembro. Embora tenha perdido na sequência novamente para Medina e abandonado a competição, o garoto de 21 anos impressiona pelas manobras e é ídolo no seu país, abrindo caminho para o surfe da América Central. Muñoz conhece Cauê e Luan Wood há quatro anos, de outras disputas de surfe ao redor do mundo e já esteve na Joaquina ano passado para o Mundial Pro-Junior.

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Diário Catarinense – Como foi derrotar o Medina na etapa de Trestles?

Carlos Muñoz – Competir contra Medina, o primeiro do mundo, me deixou muito orgulhoso. Não sei se ele ficou um pouco nervoso, mas eu consegui me aproveitar disso e, na última onda, consegui virar a bateria. Primeiro, a oportunidade de competir em uma etapa do WCT, e depois, ter vencido a primeira bateria.

DC – Seu surfe e sua carreira mudaram depois disso?

Muñoz – A confiança aumentou muito depois disso. Passei a surfar com mais segurança. Muita gente passou a me conhecer melhor. Competi muito bem em um Prime em Portugal.

DC – O que mudou entre o Round 1, que você venceu, para o 3, que Medina ganhou?

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Muñoz – No Round 1, surfamos sozinhos. Cada um na sua. Surfei muito tranquilo. No Round 3, quando nos reencontramos, ele mudou a estratégia e surfou muito mais agressivo e próximo de mim. Colocou pressão. Queria ganhar de qualquer jeito. É normal de competição, ele foi bem e venceu.

DC – Perceber isso lhe serviu de aprendizado?

Muñoz – Sim, aprendi muito com isso. Aprendi a também ser mais agressivo e que é preciso também marcar. Não tão ‘pura vida’. Quando necessário, tem que pressionar o adversário.

DC – Aqui, os catarinense terão muita torcida a favor. Você teve essa experiência na Califórnia. Como foi isso?

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Muñoz – Sempre é melhor surfar com gente torcendo por ti na beira do mar. Você sente a energia, a motivação de ter a torcida do seu lado, com bandeiras e camisetas, lhe apoiando. Eles compraram passagens para ir até lá para me ver. Fiquei muito feliz. Enquanto eles estavam lá, na primeira bateria, eu venci. Depois eles foram embora e eu perdi (risos). Mas foi muito bonito ver a minha torcida.