A filosofia “tipo uber” de compartilhamento de viagens chegou ao mais exclusivo dos mercados ligados a transportes, o táxi aéreo. Um aplicativo desenvolvido em São Paulo, com investimento russo, oferece viagens em aeronaves particulares para destinos como Rio e, principalmente, para pontos turísticos do litoral norte e do interior do Estado.

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O Flapper funciona há dois meses e, segundo seus fundadores, fez 20 viagens no período. A proposta é aproveitar assentos vazios de jatos que já fariam a rota entre dois pontos determinados e oferecer esses lugares para outras pessoas.

— Nossa proposta é mesmo ir para a classe média, democratizar esse mercado —diz Paul Malicki, um dos sócios da empresa.

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O preço varia conforme data, destino e tipo de aeronave — os jatos têm preço mais caro do que aviões particulares de hélice. A empresa selecionou rotas mais frequentes, como São Paulo-Rio e São Paulo-Belo Horizonte, que ficam disponíveis na tela do aplicativo. Uma viagem para o Rio, por exemplo, sai por R$ 1.350 por pessoa.

— Acreditamos que seja possível ficar abaixo de R$ 1 mil com o aumento da demanda — afirma Malicki.

Para viabilizar a ideia, além de desenvolver o aplicativo e escrever os algoritmos usados na combinação das viagens, a empresa tem de fazer buscas nas companhias de táxi aéreo.

— Se vem um pedido novo, nós buscamos os serviços disponíveis — diz Arthur Virzin, cofundador da empresa. Ele afirma que roteiros para o litoral norte de São Paulo e para cidades como Campos do Jordão e Barretos vêm recebendo a maior parte dos pedidos, além das duas capitais já citadas.

O aplicativo, por ora, só está disponível no sistema iOS, para iPhone. Deve ser lançado nos próximos dias no sistema Android, que roda na maioria dos aparelhos.

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Para a Associação Brasileira das Empresas Aéreas — que congrega as grandes companhias do país — o serviço não chega a ser um concorrente, dada a demanda das pontes aéreas ser muito maior.

Helicópteros

Além do táxi aéreo, a empresa oferece serviços de helicóptero para São Paulo e outras cidades próximas. Nesse mercado, já há uma empresa operando, a Helo — a Uber, de carros, chegou a fazer testes com os helicópteros e, de acordo com a companhia, os dados do teste ainda estão sendo analisados.

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