O bailarino, coreógrafo, professor e diretor de companhia, Fernando Lima não é do tipo que sossega fácil. Aos 27 anos, ele já tem muita experiência como profissional. Só no Festival de Dança, como bailarino, Fernando se apresenta desde 1998. Em 2000, ele se arriscou como coreógrafo e desde então vem emplacando colocações. Para ele, o evento é uma das formas de aprendizado e ajuda o profissional a se posicionar no mercado, além de abrir muitas portas.

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– O Festival foi um grande pulo na minha carreira. Sem ele, tenho certeza, de que não teria a visibilidade que tenho hoje e não teria tantas oportunidades de trabalho pelo País e até no exterior -, diz ele, que acaba de voltar de uma temporada de nove meses na Bélgica.

Ele cruzou o Atlântico a convite de um ex-professor e mentor, diretor da Cia Moa Nunes. Também joinvilense, Moa mudou-se para a Europa e em visita a parentes ouviu falar do trabalho do antigo aluno.

– Ele me chamou e fui pra lá, há cerca de dois anos. Agora voltei para participar da companhia como bailarino e assistente coreográfico. Foi uma experiência sem igual -, afirma Fernando.

Com a cabeça a mil, ele volta à terra natal para ensaiar o trio que irá competir com a sua coreografia “Silêncio Oportuno” (gênero contemporâneo Trio Avançada), que ficou com a vaga pela primeira colocação alcançada pelo grupo em 2010.

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O público e os jurados podem esperar uma nova linguagem em comparação com os outros trabalhos de Fernando.

– Nunca mandamos um trabalho pensando na premiação. Mandamos e nos apresentamos pensando na transmissão da pesquisa, do trabalho de linguagem do corpo.

O Grupo de Dança Fernando Lima, que compete no Festival com essa formação – são 15 pessoas entre bailarinos e dois coreógrafos – desde 2004, se apresenta com outras duas coreografias: “Seth” (gênero Jazz Solo Masculino Avançada) e “Notas de Coração” (gênero Jazz Duo Avançada). Os dois trabalhos são do bailarino e coreógrafo Everton Correa.

– O Everton irá trazer coisas novas também. São outras observações que ele colocou nas coreografias, outras pesquisas. É um trabalho muito novo -, revela Fernando.

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Segundo Fernando, tanto ele quanto Everton usam conhecimentos e linguagens aprendidas em Joinville e construídas ao longo das carreiras com elementos de muitos lugares. Dessa maneira, o grupo trabalha o ano todo pelo Brasil com apresentações em festivais e projetos de incentivos de mecenatos e editais.