Antes de ser ator, diretor e produtor de teatro, Andrei Moscheto foi um aluno de iniciação musical da Casa da Cultura Fausto Rocha Júnior. Ele era um menino de oito anos, mas adorava quando conseguia alguns minutos para subir à janela e espiar a turma de artes cênicas.
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Foi nesta fase que também escreveu e interpretou seu primeiro monólogo, apresentado no show de talentos do Colégio Bom Jesus. As lembranças são do tempo em que Andrei viveu em Joinville. Aos nove anos, a família se mudou para Curitiba, onde ele formou a companhia Antropofocus e mora até hoje.
Apesar de joinvilense, Andrei poucas vezes pôde mostrar sua arte na cidade onde nasceu e viu despertar a paixão pelos palcos. Foi um dos convidados da última apresentação do espetáculo “Improvável”, da Cia. Barbixas de Humor, no Teatro Juarez Machado, mas devia um trabalho com a assinatura de Antropofocus. Coube ao “De Volta pra Casa” a missão de retificação.
O projeto aprovado pelo prêmio Myriam Muniz 2012, da Funarte, foi criado para que os integrantes do grupo, que em sua maioria não são naturais de Curitiba, pudessem levar a produção já tão conhecida na capital paranaense para suas cidades natal.
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Nesta segunda e terça-feira, é a vez de Andrei trazer a trupe – cinco atores e dois técnicos – para um palco tradicional do teatro em Joinville, o Galpão da Ajote. “Pequenas Casquinhas” e “Contos Proibidos de Antropofocus”, dois espetáculos mais premiados e de maior circulação do Antropofocus, foram os escolhidos para a estreia do grupo na cidade.
– Isso é o que mais me alegra: poder reunir o útil ao ultra agradável – confessa o joinvilense, que na última sexta estreou com a companhia “Não se preocupe: é apenas o fim do mundo”, em Curitiba.
A companhia tem 12 anos de atuação e concentra as apresentações nos estados do Paraná e São Paulo. Com o auxílio do prêmio nacional, eles também tomaram o caminho dos palcos de Santa Catarina e Minas Gerais. Joinville fecha a turnê “De Volta pra Casa”.
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– Como Joinville não conhece o nosso trabalho, fica difícil conseguir uma boa arrecadação de bilheteria, ainda mais sendo um grupo independente – conta Andrei.
Comédia
Antropofocus é uma companhia dedicada a uma difícil tarefa: fazer humor, sem usar o artifício de palavrões. A chamada “comédia limpa” força o grupo a buscar alternativas criativas para fazer o público rir.
Em “Contos Proibidos de Antropofocus” não há um só diálogo durante a uma hora de espetáculo. A comunicação acontece através de sons. Os contos se passam onde pessoas desconhecidas se encontram, mas raramente iniciam uma conversa.
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Já “Pequenas Casquinhas” reúne 50 cenas que exploram ideias diferentes de fazer humor, seja do ator, do texto, dos elementos técnicos ou de um adereço inesperado.
O QUÊ: espetáculos “Contos Proibidos de Antropofocus” e “Pequenas Casquinhas”, da companhia Antropofocus, de Curitiba.
QUANDO: segunda-feira, às 20 horas, com “Pequenas Casquinhas”. Terça, às 20 horas, com “Contos Proibidos de Antropofocus”.
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ONDE: Galpão de Teatro da Ajote, na Cidadela Cultural Antarctica, rua 15 de Novembro, 1.383.
QUANTO: ingressos à venda no Restaurante Ambrosia (rua Tijucas, 386) por R$ 20 (inteira).