A Câmara dos Deputados votou nesta quarta-feira (10) a prisão em flagrante e sem fiança de Chiquinho Brazão (ex-União Brasil, atualmente sem partido), deputado federal preso por suspeita de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018. O texto foi aprovado por 277 votos a 129.
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Veja como os deputados de SC votaram:
- Ana Paula Lima (PT-SC): sim
- Caroline de Toni (PL-SC): não
- Cobalchini (MDB-SC): sim
- Daniel Freitas (PL-SC): não
- Daniela Reinehr (PL-SC): não
- Darci de Matos (PSD-SC): sim
- Fabio Schiochet (União-SC): sim
- Geovania de Sá (PSDB-SC): não
- Gilson Marques (Novo-SC): sim
- Ismael (PSD-SC): sim
- Jorge Goetten (PL-SC): não
- Julia Zanatta (PL-SC): não
- Pedro Uczai (PT-SC): sim
- Pezenti (MDB-SC): não
- Zé Trovão (PL-SC): não
A maioria dos catarinenses votou contra a prisão.
O deputado catarinense Darci de Matos é o relator do parecer, que antes foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A recomendação do parecer é pela manutenção da prisão preventiva por crime flagrante e inafiançável de obstrução de Justiça com o envolvimento de organização criminosa.
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Matos defendeu a manutenção da prisão do parlamentar, concordando com a tese do Supremo de que a medida cautelar era necessária por atos de obstrução à Justiça.
Darci de Matos ressaltou que está “claramente configurado o estado de flagrância do crime apontado, seja por sua natureza de permanência, seja pelo fato de que os atos de obstrução continuavam a ser praticados ao longo do tempo”.
Quem é Chiquinho Brazão
Quem é Chiquinho Brazão, o deputado federal preso no caso Marielle Franco
Chiquinho Brazão foi preso em 23 de março em uma operação da Polícia Federal que apura quem são os mandantes dos assassinatos do caso Marielle. A prisão foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e confirmada pela 1ª Turma do Supremo.
Por ser deputado federal com mandato em exercício, Chiquinho Brazão tem direito a ter a decisão de prisão submetida ao plenário da Câmara. O presidente do Legislativo, Arthur Lira (PP-AL) pretende levar o texto ao plenário ainda nesta quarta-feira. Entre todos os 513 deputados, a expectativa é de uma divisão maior de posicionamentos sobre a prisão de Brazão.
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A votação do caso na CCJ foi interrompida depois que o deputado catarinense Gilson Marques (Novo) e os parlamentares Fausto Pinato (PP-SP) e Roberto Duarte (Republicanos-AC) pediram mais tempo para analisar o caso. A votação foi retomada na sessão desta quarta-feira.
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