O dia 8 de junho de 1924 foi marcado na história internacional como o último dia em que a dupla George Mallory e Andrew “Sandy” Irvine foram vistos durante sua expedição ao topo do Monte Everest. Por 75 anos, não houve pista do que havia acontecido com os alpinistas, até que em 1999 o corpo de George Mallory foi encontrado. Agora, em outubro de 2024, uma equipe da National Geographic encontrou uma bota derretendo no gelo, com a presença de uma meia bordada com o nome “A.C. Irvine”.

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O mistério da expedição de 1924 ao topo do Everest

O mundo demorou 75 anos para encontrar o corpo de George Mallory e a descoberta trouxe algumas conclusões sobre a expedição da dupla ao Everest em 1924. De acordo com a National Geographic, o corpo de Mallory foi encontrado pelo alpinista Conrad Anker. Conforme análise dos restos mortais, foi possível afirmar que o alpinista morreu após uma queda, mas ela não foi o motivo imediato de sua morte.

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Isso porque, os restos mortais de Mallory apresentavam uma marca de corda na sua cintura, indicando que eles estava amarrado ao Irvine. Além disso, a perna direita de George Mallory estava quebrada, mas sua perna esquerda estava em uma posição não-traumática. Isso indica que a queda não foi a causa imediada da morte.

O alpinista Conrad Anker, inclusive, escreveu no “The Lost Explorar” que: “Eu soube imediatamente que ele estava amarrado ao seu parceiro, e que ele tinha caído de uma grande altura”, em tradução livre. De acordo com uma matéria publicada pela Folha de S. Paulo em 4 maio de 1999, o corpo de Malloty foi encontrado a uma altura de 8.327 metros.

Desde então, diversas expedições tentam encontrar o corpo do Andrew Irvine, em busca de resolver o mistério sobre a morte da dupla e se eles foram os primeiros a chegarem ao topo do Everest, que tem 8.848 metros. Considerando a evidência que Mallory estava preso a Irvine e seu corpo foi encontrado em 8.327 metros de altitude, é possível que a dupla tenha chegado no topo do monte.

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Caso isso eventualmente seja comprovado, eles tornam-se os primeiros a realizar tal feito. Já que, atualmente, considera-se que Edmund Hillary e Tensing Norkay foram os primeiros a chegar ao topo do Everest, em 1953.

A bota de Andrew Irvine

Após 100 anos do desaparecimento de George Mallory e Andrew Irvine, a bota deste alpinista foi encontrada por uma equipe da National Geographic abaixo da face norte do Monte Everest. Além do sapato corresponder ao mesmo usado por Irvine em fotos existentes da expedição, a bota foi encontrada com uma meia. Nesta meia, há o nome A.C. Irvine bordado no material.

Com esta descoberta, a família e descendentes de Andrew Irvine já colocaram-se a disposição para realizar um teste de DNA, comparando os materiais genéticos encontrados na bota com dos familiares. Em entrevista ao National Geographic, a sobrinha-neta de Irvine, Julie Summer, de 64 anos, afirmou que essa descoberta é “Algo próximo de um desfecho”, em tradução livre.

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Com a descoberta da bota, a familiar do alpinista suspeita que os restos mortais de Andrew Irvine pode ter sido arraastado por avalanches. Essa não é a primeira vez que Julie Summers fala sobre seu ascendente. Dois anos após a descoberta do corpo de Mallory, em 2001, Julie Summers escreveu uma biografia de seu tio-avô.

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