Este mês, rolaram diversos eventos sobre videogames, com trailers e novidades que estão por vir. Mas o que mais trouxe um sorriso para o meu rosto foi a notícia sobre a versão remasterizada do jogo de tiro em primeira pessoa Turok 3: Shadow of Oblivion, lançado no ano 2000 para o Nintendo 64. Seria este um sinal da idade? Será que jogadores mais velhos é que gostam dessas remasterizações?
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Contudo, este não é o tema do texto desta semana, mas, sim a própria série Turok. Foi ela uma das grandes responsáveis por eu gostar desse gênero nos games.
O primeiro Turok que eu joguei foi também o primeiro a ser lançado. Em 1997, o protagonista indígena pintava no Nintendo 64. E este game é legal demais!

Ele trazia uma sensação de mundo aberto nas fases, com objetivos a serem cumpridos. Era diferente dos clássicos no estilo Doom, que eram claustrofóbicos. E Turok tinha como inimigos muitos dinossauros, como diz o subtítulo do jogo, Dinosaur Hunter.
Eu sempre gostei muito desses répteis extintos e era muito legal vê-los em 3D. Antes, o máximo que tinha aproveitado de dinossauros nos videogames foi no jogo do Jurassic Park para Mega Drive. E já era legal, porque dava para jogar com o velociraptor.
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Depois de Turok: Dinosaur Hunter, veio a sequência, Seeds of Evil. E que sequência! Desta vez, os inimigos não eram dinossauros, na maioria, mas monstros dos mais diversos. E tinham alguns tão horríveis.
Eu tinha 12 anos quando este game saiu. Juntei minha mesada para levar para casa o cartucho preto e a expansão de memória, que torna o jogo ainda mais bonito, para os padrões do Nintendo 64.

Andar pelas fases deste game é incrível, você nunca sabe o que vai encontrar. Alguns níveis são complexos, verdadeiros labirintos. Os monstros são muitos feios e atiçavam demais a curiosidade da miniJoana.
Eu me lembro de acordar bem cedo no sábado para ficar jogando este jogo, tentando passar as fases. A esta hora, talvez você já esteja pensando que este game não é para crianças, e você está certo. E alguns monstros me assustavam mesmo. Mas eu queria ficar jogando para ver o que mais ia aparecer.
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Como se trata de um jogo para jogadores mais velhos, ele sempre foi muito difícil para mim. O jeito foi apelar para os truques e escrever bewareoblivionisathand para poder habilitar todos os cheats e passear pelo game com invencibilidade e munição infinita.
Os jogos do Turok, de tão bem-feitos e intrigantes, fizeram com que eu associasse os games de tiro em primeira pessoa com algo divertido, design de fases interessante e inimigos curiosos. Esta série e Goldeneye 007 tornaram o gênero um dos meus favoritos no Nintendo 64.

Hoje em dia já não sinto o mesmo. Os jogos com fases interessantes e objetivos diversos, que vimos no Goldeneye, foram substituídos por corredores e trincheiras, extremamente lineares. Os monstros inimigos intrigantes de Turok e Hexen viraram soldados genéricos.
Na geração do Xbox 360, a indústria viu quanto dinheiro pode ganhar com os multiplayers online dos Call of Duties da vida. E depois vieram os Overwatches, os Valorants, os Apex Legends. O meu interesse pelos jogos de tiro em primeira pessoa foi diminuindo conforme o gênero foi focando mais no multiplayer, e menos no conteúdo para um jogador. Apesar de que hoje temos mais alternativas, e mais jogos em primeira pessoa com monstros, no estilo anos 90, a disponibilização de mais uma aventura do herói indígena Turok em plataformas modernas é um convite mais do que bem-vindo para retornar a essa série, para completar minha coleção de Turoks remasterizados.
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Amigo leitor, estarei de férias em setembro. Portanto, o Pensando Sobre Games ficará sem atualização neste mês. Mas não se preocupe porque em outubro estou de volta!
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