(Foto: NSC Total)

Não acredito em dom ou talento nato, acredito em trabalho. Algumas pessoas podem ter predisposição para determinadas tarefas, mas não há nada, na minha opinião, que não possa ser aprendido e desenvolvido. Com a inovação não é diferente. Podemos desenvolver com tempo e dedicação habilidades necessárias para inovar. Mas, para inovar é preciso estar disposto, primeiramente, a errar. Inovar é romper, modificar, e precisamos enfrentar os desafios do caminho.

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Como já adiantei em muitos textos para o Tech SC, o empreendedor precisa estar disposto e preparado para errar. E, se necessário, começar de novo. Thomas Edison, inventor da lâmpada, registrou 2.332 patentes e dizia que não falhou, apenas encontrou 10 mil jeitos que não funcionaram. Errar permite aprendizado, podemos tirar grandes conhecimentos das nossas falhas, sem desistir. O erro faz parte do processo e, quanto antes estivermos preparados para ele, mais fácil vai ser a retomada e escalada para um outro plano de voo.

No livro DNA do Inovador (Ed. HSM), Clayton M. Christensen, com colaboração de Hal Gregersen e Jeff Dyer, explica como podemos desenvolver cinco características para sermos inovadores. Qualquer pessoa pode desenvolver essas habilidades. Isso porque, a inovação não é genética, e sim um processo que envolve treinamento. As cinco habilidades citadas pelos autores são associação, questionamento, observação, cultivar networking e experimentar.

Associação: A primeira delas diz respeito à capacidade de sintetizar e absorver novas informações, o que ajuda na ligação entre questões e ideias aparentemente sem relação nenhuma — inovação surge de diversidade e interdisciplinaridade.

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Questionamento: Questionar também é uma grande habilidade. São as perguntas que desafiam o estado atual.

Observação: A observação é importante para prestar atenção no que está nos rodeando, o que leva a perceber novas maneiras de exercer tarefas.

Cultivar networking: Networking é muito importante, já comentei sobre isso neste artigo. Neste caso, os contatos podem testar e fornecer perspectivas diferentes sobre o que está sendo desenvolvido.

Experimentar: A última das habilidades fala do processo de explorar e testar ideias e constantemente ir mirando ideias novas.

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Cultivando essas habilidades podemos desenvolver a inovação em diversos segmentos, seja na criação de startups ou no desenvolvimento de novos processos em empregos formais. Não existe um DNA inovador, desenvolvemos a inovação.

*Alexandre Souza é gestor do Startup SC, do Sebrae SC

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