Joinville vai usar um controle biológico desenvolvido na Austrália para tentar reduzir os casos de dengue na cidade. O método “Wolbachia” infecta os mosquitos propositalmente com uma bactéria que afeta o sistema reprodutor. A proposta será desenvolvida em parceria com o Ministério da Saúde, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e World Mosquito Program (WMP). 

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De acordo com a prefeitura de Joinville, o método tem histórico de resultados positivos no Brasil e em outros 13 países. Na Austrália, por exemplo, reduziu a contaminação em 96%. Na Indonésia, em quatro anos, os casos caíram em 77%. Já em Niterói (RJ), em dois anos, o número de casos caiu em 69%.

Joinville “namora” com o método Wolbachia há anos. Em 2019, a prefeitura já havia reforçado um pedido à Fiocruz para liberação do método em Joinville, em caráter experimental. Agora aprovada, a experiência começa na cidade a partir do fim de 2023. 

O prefeito de Joinville, Adriano Silva (Novo), tem expectativas da cidade obter resultados positivos com o método já em 2025.  

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— Apenas seis cidades do Brasil foram contempladas com essa tecnologia e Joinville é uma delas. Os países que implementaram mostraram uma queda muito grande da dengue em dois anos, é o que a gente espera em Joinville — pontua.

Fases de implantação do método Wolbachia em Joinville

  • Mapeamento e biofábrica (dezembro de 2023 a maio de 2024)
  • Comunicação e engajamento (abril a junho de 2024)
  • Liberação dos “Wolbitos” (início em julho de 2024)
  • Monitoramento no campo
  • Diagnóstico em laboratório 
  • Análise de dados e epidemiologia 

Neste ano, com 39 mortes, Joinville tem o maior número de óbitos pela doença em Santa Catarina e, em julho, liderou o ranking nacional. A cidade ainda registrou 44 mil casos.

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