As investigações sobre a queda da calçada que deixou mais de 30 feridos durante evento de Natal em Joinville começaram logo após o acidente na noite de segunda-feira (22). A Polícia Civil e o Instituto Geral de Perícias (IGP) trabalham para apurar quais foram as causas do rompimento da estrutura e quem serão os responsabilizados pelo acidente.
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Segundo a delegada regional Tânia Harada, a Polícia Civil solicitou informações sobre as vítimas para a Secretaria da Saúde e detalhes sobre os responsáveis pela obra foram requisitados para a Secretaria de Infraestrutura. A investigação será conduzida pela 1ª Delegacia de Polícia de Joinville.
– Inicialmente, vislumbramos a possibilidade de lesões corporais leves e graves, mas dependemos de informações oficiais para confirmar. E também tem um tipo penal específico relacionado ao desabamento, que também pode vir a ser considerado pelo delegado do caso – detalhou Tânia.
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A delegada afirmou que ainda é cedo para apontar algum culpado pelo acidente, até porque não há confirmação sobre o que teria causado a queda da estrutura. Ela apenas esclareceu que qualquer apuração criminal recai sobre pessoas físicas e não sobre órgãos ou entidades.
– O primeiro passo é entender o que ocasionou o desabamento para identificarmos o responsável pela obra específica que possa ter causado o evento danoso e prosseguirmos para uma responsabilização criminal.
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Estrutura recebeu carga maior do que suportava
Outro órgão que atua nas investigações do acidente é o Instituto Geral de Perícias (IGP), que já realizou uma primeira avaliação na noite de segunda-feira e continua os trabalhos nesta terça-feira (23).
Segundo o gerente regional do órgão em Joinville, Alcides Ogliari Júnior, o trabalho dos peritos avalia todos os elementos envolvendo o acidente, se houve falha em algum elemento estrutural ou na conservação, manutenção ou projeto da obra.
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– A estrutura rompeu poorque recebeu uma carga maior do que suportava. Agora, qual o motivo disso ter acontecido, se foi uma falha de projeto, execução ou manutenção, isso será esclarecido durante o processo – garante.
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Alcides esclarece que não é possível afirmar neste momento que o principal motivo tenha sido o excesso de pessoas ou o material que foi depositado em cima da laje da galeria durante uma obra recente, por exemplo.
Os peritos do IGP também realizaram exames dentro da galeria e identificaram pontos de corrosão, além de ações do tempo sobre o material. No entanto, o órgão não pode avaliar se há riscos para quem passar pelo local. Segundo Alcides, a Defesa Civil já isolou os locais possíveis de riscos.
O IGP tem dez dias para concluir os laudos periciais, mas deve ultrapassar o prazo por se tratar de um caso com maior complexidade.
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