Uma luta realizada fora dos padrões mínimos de segurança mantém há três anos uma jovem de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, em estado vegetativo. O
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caso lança um alerta sobre os riscos de praticar artes marciais sem precauções – ponto que chama atenção também em Santa Catarina, onde o número de adeptos do esporte é crescente. Maria Luiza Ramos, então com 20 anos, treinava há apenas três meses quando participou de uma luta amadora de muay thai em outubro 2011.
Repetidos golpes na cabeça desprotegida de capacete, desferidos por uma oponente faixa preta em taekwondo, deixaram a menina em uma cama, inconsciente, até hoje. Há 10 dias, a Polícia Civil indiciou oito pessoas pelo caso.

– E não pode ser algo forçado, ele tem de demonstrar vontade. Com três meses, o aluno ainda não está preparado para subir no ringue – afirma o professor.
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Farias conta que em alguns locais existem campeonatos clandestinos e por isso algumas regras não são respeitadas.
– A fiscalização é difícil de ser feita, o que torna perigoso, principalmente se os adversários não são do mesmo nível – acrescenta.
Para evitar os riscos, a principal recomendação é o aluno procurar profissionais habilitados para poder aprender a arte marcial.
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Competições clandestinas e academias de luta que operam à margem de federações preocupam autoridades e esportistas. O problema é atribuído à falta de uma legislação específica, que conceda poderes de fiscalização às entidades federativas.
O esporte ganha muitos adeptos, principalmente crianças e adolescentes que ingressam sem consciência dos riscos nas aulas. A principal orientação dos que defendem o esporte é buscar referências dos profissionais envolvidos.