A possível formação de um ciclone subtropical, considerado atípico e capaz de provocar fortes ventos e estragos no Sul do Brasil, a partir desta sexta-feira (16) volta a levantar atenção para os alertas de meteorologia e a forma como eles são nomeados pelos especialistas.

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Os ciclones extratropicais, embora provoquem temporais, fortes ventos e influenciem no tempo da região, são considerados comuns e não recebem nomes específicos por parte dos órgãos responsáveis pelo monitoramento climático.

No entanto, os ciclones subtropicais e tropicais, considerados atípicos, recebem nomes específicos. A estratégia é para facilitar a orientação e a prevenção para navegadores, imprensa e para a população em geral.

No Brasil, a Marinha é a responsável por dar nome às tempestades tropicais e subtropicais que podem causar estragos em regiões do país. A escolha segue a ordem de uma lista prévia com nomes em tupi-guarani.

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O último ciclone subtropical a ser registrado no país foi o Yakecan, em maio de 2022. A tempestade causou ventos acima de 100 quilômetros e provocou quedas de árvores e placas, deixando locais sem energia em Santa Catarina.

O Yakecan foi o último nome de uma lista de 16 termos elaborada pela Marinha do Brasil após a passagem do Catarina, único caso de ciclone tropical (também chamado de furacão) que atingiu a região, em 2004.

Novos ciclones, nova lista

Com isso, em abril do ano passado, a Marinha divulgou uma nova lista com outros 32 nomes em Tupi antigo que deverão batizar os próximos ciclones subtropicais registrados na costa brasileira.

O primeiro desses nomes é Akará (uma espécie de peixe), que será escolhido para batizar a formação analisada por meteorologistas caso ela se transforme em um ciclone subtropical nos próximos dias.

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Antes do Yakecan, os ciclones subtropicais que haviam provocado estragos no país haviam sido o Ubá, tempestade subtropical que provocou fortes chuvas e estragos em estados como Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia, e a tempestade subtropical Raoni, mais tarde reclassificada como “Depressão Subtropical”, por ter perdido força antes de alcançar o sudeste do estado de São Paulo.

No caso dos furacões e ciclones ocorridos em outras partes do mundo, onde costumam ocorrer com mais frequência, a nomeação dos fenômenos segue lista elaborada pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), com nomes diferentes para cada parte do globo.

Veja abaixo ciclones subtropicais registrados desde o Catarina

Veja os próximos nomes previstos para ciclones

  • 1 – Akará (Espécie de peixe)
  • 2 – Biguá (Ave marinha)
  • 3 – Caiobá (Habitante da mata)
  • 4 – Endy (Luz do fogo)
  • 5 – Guarani (Guerreiro) 6 – Iguaçú (Rio grande)
  • 7 – Jaci (Lua)
  • 8 – Kaeté (Mata virgem)
  • 9 – Maracá (Instrumento indígena)
  • 10 – Okanga (Madeira)
  • 11 – Poti (Camarão)
  • 12 – Reri (Ostra)
  • 13 – Sumé (Deus da agricultura)
  • 14 – Tupã (Deus do trovão)
  • 15 – Upaba (Lagoa)
  • 16 – Ybatinga (Nuvem)
  • 17 – Aratu (Caranguejo)
  • 18 – Buri (Palmeira)
  • 19 – Caiçara (Cerca)
  • 20 – Esapé (Iluminar)
  • 21 – Guaí (Pássaro)
  • 22 – Itã (Concha)
  • 23 – Juru (Foz)
  • 24 – Katu (Bondade)
  • 25 – Murici (Arbusto do cerrado)
  • 26 – Oryba (Felicidade)
  • 27 – Peri (Planta d’água)
  • 28 – Reia (Realeza)
  • 29 – Samburá (Cesto indígena)
  • 30 – Taubaté (Pedras altas)
  • 31 – Uruana (Tartaruga do mar)
  • 32 – Ytu (Cachoeira)

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