O momento da entrada no mercado de trabalho costuma ser tenso para os jovens. Além da insegurança por não saber ao certo qual rumo tomar, a falta de experiência e qualificações é um desafio para quem busca emprego e, também, para quem contrata.
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Hoje, aos 38 anos, Daniel Galhart relembra esse período de sua vida grato pelas decisões do passado. Apesar de trabalhar desde os 13 anos com o seu tio, foi graças ao curso do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, o Senai, que o sócio-proprietário da Engmaq entrou para a área de metalmecânica.
— Eu tinha um sonho: estudar. Mas eu queria estudar aplicando na prática e, por isso, em toda a minha trajetória, eu estudei e trabalhei. Eu vejo que o Senai te dá essas ferramentas. Aos 14 anos, eu comecei no curso técnico em mecânica, que foi o que me deu um rumo profissional — afirma.
O curso do Senai levou Daniel até a Sadia – hoje BRF, uma das maiores companhias de alimentos do mundo – onde permaneceu por 10 anos, até chegar ao cargo de engenheiro júnior. Estava destinado a passar pelos estágios de engenheiro pleno e sênior até, que em 2010, decidiu se lançar a um empreendimento próprio, em parceria com um sócio.
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Assim, nasceu a Engmaq, uma empresa que trabalha com a construção de máquinas e equipamentos voltados à indústria alimentícia. Entre os produtos, a companhia, que tem cerca de 30 funcionários diretos, produz um abatedouro modular móvel e estacionário para suínos, aves ou peixes. O equipamento, que pode ser adaptado a diferentes situações, é fruto de uma inovação que envolveu pesquisas em parceria com a Embrapa e a Cidasc.
— Hoje ainda estamos engatinhando na exportação, mas queremos levar essa tecnologia nacional para fora. O Brasil é um grande produtor e exportador de proteína animal. Por que não ser um grande exportador de indústria voltada a esse segmento? — ressalta o sócio-fundador da Engmaq.
O sonho de adquirir conhecimento concretizou-se. Daniel se formou em engenharia de produção mecânica e engenharia de segurança, realizou especializações na área de sistemas mecânicos e em refrigeração, concluiu dois MBAs e, ainda, é mestre em engenharia de produção e faz um doutorado em tecnologia e gestão da inovação.
Daniel é um exemplo da forma como a educação é percebida na FIESC e suas entidades. As pessoas mais qualificadas tendem a aumentar sua empregabilidade e crescer na carreira. Além disso, quanto mais profissionais capacitados e atualizados, mais as indústrias se tornam competitivas.
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O Senai é uma entidade da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina com o objetivo de estimular a inovação industrial por meio da educação, consultoria, pesquisa aplicada e serviços técnicos e tecnológicos.
— O desenvolvimento das pessoas leva ao aumento da competitividade das indústrias e do país — afirma o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar.
Educação
Os mais de 120 mil alunos atendidos a cada ano, seja na educação básica (SESI) ou na educação profissional (SENAI), são estimulados a aplicar os conhecimentos teóricos em atividades práticas. — O estudante é estimulado a colocar em prática todo o conhecimento que adquire, a usar a criatividade, a inovação, trabalhar em equipe e sempre buscar soluções para problemas mais complexos — explica o diretor de educação e tecnologia da FIESC, Fabrizio Machado Pereira. O alcance dessa proposta se dá por meio do estímulo à educação tecnológica (ciência, tecnologia, engenharia, artes e matemática), o aprendizado “mão na massa” (em aulas de contraturno e que inclui a robótica) e o desafio dos estudantes da educação profissional a buscar soluções para problemas típicos da indústria.
Saúde
Outro campo de atuação da FIESC bastante focado no desenvolvimento das pessoas é o da saúde e bem-estar, especialmente por meio das atividades do SESI. As ações neste campo integram o apoio aos programas de gestão da saúde, o estímulo a atividades físicas, vacinas, testes de Covid, além de serviços de restaurantes corporativos nas indústrias – focados em alimentação saudável. O programa de prevenção da saúde mental do trabalhador, ainda mais afetada com o surgimento da pandemia da Covid-19, e a Telemedicina são iniciativas recentes que acompanham novas demandas sociais e a evolução tecnológica. Na Telemedicina, a atenção primária à saúde é feita por médicos e enfermeiros que atendem por videochamadas 24 horas por dia/sete dias por semana. Com elevado nível de resolutividade – 90% dos problemas são solucionados no primeiro atendimento –, o serviço reduz custos, dado o seu caráter preventivo e educacional. Psicólogos e nutricionistas completam o atendimento, neste caso, com consultas em dias úteis. A rede farmaSESI também aproveita os avanços das ferramentas de comunicação e oferece a atenção farmacêutica a distância.
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A FIESC
Fundada em 1950, a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina busca o desenvolvimento da indústria e a promoção de um ambiente favorável aos negócios, além de agir em benefício da qualidade de vida, educação e inovação. A instituição que se consolidou como representante do setor industrial catarinense, além de ser decisiva para o desenvolvimento de Santa Catarina, tem a competitividade industrial como um norte de atuação.
— O mundo está globalizado e não há fronteiras para os produtos, então, todas as indústrias, de qualquer porte e área de atuação, competem pelos mercados com empresas de qualquer lugar do planeta — destaca o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar.
A competitividade da indústria está diretamente relacionada à sua capacidade de inovação e, por isso, institutos de tecnologia, com laboratórios de ponta, estão à disposição para prestar os serviços que a indústria precisa para se manter competitiva.
— Normalmente, se fala de inovação em grandes empresas ou de projetos fabulosos. Mas as empresas pequenas ou médias também devem inovar, para sobreviver e crescer — alerta o diretor de inovação e competitividade da FIESC, José Eduardo Fiates.
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Neste ano, foram mais de R$ 16 milhões investidos no programa nacional que oferece ao setor produtivo profissionais qualificados e habilitados nas tecnologias da indústria 4.0. Ao todo, 30 laboratórios de aplicação serão instalados no Estado, sendo que 16 deles já estarão funcionando até o final de 2022.
Saiba mais em fiesc.com.br.
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