Com a passagem dos Jogos Olímpicos em Tóquio, os brasileiros não só tiveram a oportunidade de acompanhar o aproveitamento recorde em medalhas do esporte do nosso país, mas conheceram mais a fundo a cultura e o modo de vida do país sede do evento. O Japão é o 10º país mais populoso, com cerca de 126 milhões de habitantes e o terceiro maior PIB. Ainda, é o único país asiático do G7 e possui o 17º maior IDH do mundo.
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Trazendo o assunto para o mundo dos investimentos, alguns traços da cultura nipônica chamam atenção e podem melhorar a estratégia na hora de priorizar ou escolher ativos. Para chegar nessa força econômica, os japoneses cultivam hábitos como a disciplina, adaptação aos riscos, respeito ao próximo e o não desperdício.
Segundo o especialista em investimentos da Warren, Marcelo Miranda, para que o investidor seja mais assertivo, é fundamental ter um bom planejamento financeiro.
— Com um bom planejamento, um mapa que te guie exatamente para onde deve ir, provavelmente você terá mais disciplina nos aportes regulares, pois saberá que se não o fizer, o planejamento pode ser comprometido — explica.
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Dicas para investir melhor, inspiradas na cultura japonesa
1. Disciplina
Os japoneses são conhecidos pela sua disciplina, não apenas para o cumprimento de regras, mas também para hábitos – não é comum chegar fora da hora marcada em um compromisso, como no Brasil.
Isso se reflete de forma positiva nas finanças pessoais. O Kakebo, um método japonês para economizar dinheiro e controlar as finanças, prevê o registro de todas as despesas.Com essa metodologia, eles podem poupar primeiro, e não depois de pagar as contas.
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Da mesma forma, quando o assunto é acumular capital, a orientação é “se pagar primeiro” quando o salário cai na conta. Definir um valor específico para economizar e atender a esse aspecto com disciplina permite cumprir suas projeções e focar no seu futuro financeiro.
2. Contra o desperdício
Ao contrário de quem escova os dentes com a torneira sempre aberta, os japoneses são totalmente contra o desperdício. Como o país costumava enfrentar escassez de recursos, principalmente após desastres naturais, a filosofia do Mottainai prevê que ao desperdiçar, a pessoa não está se comportando de forma digna.
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Diminuir o desperdício é uma das formas de melhorar a eficiência de recursos, mas também da vida financeira. A ideia não é abrir mão do lazer, mas pensar de forma mais sustentável. “Eu preciso mesmo dessa roupa nova, se comprei uma parecida recentemente? Não é melhor eu comer a comida que sobrou do almoço durante a janta, em vez de deixar uma semana esquecida e ter que jogar fora depois?”, Consumir de forma consciente é bom para você, para o bolso e para o planeta.
Além disso, o especialista em investimentos da Warren destaca ainda que desviar o foco para “encurtar caminho” na hora de aplicar pode também ser um desperdício de dinheiro e de tempo.
— Informações que elencam “o investimento do ano”, ou “os melhores fundos” podem ser consideradas um desperdício. Se você se manter focado e tiver uma pessoa de confiança e sem conflito de interesses para te aconselhar, basta seguir o planejamento que foi feito. Pode parecer chato, mas seguir o planejamento e acompanhar a evolução do seu patrimônio pouco a pouco talvez seja a fórmula correta para se chegar onde deseja — reforça.
3. Adaptação aos riscos
Como o Japão é formado por um arquipélago com 6.852 ilhas e faz parte do Círculo de Fogo do Pacífico, uma região responsável por cerca de 50% dos vulcões existentes em todo o planeta, o país está propenso a ser acometida por desastres como terremotos, tsunamis, maremotos e tufões.
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Por isso, o Japão adquiriu uma cultura de prevenção muito forte, para se adequar aos riscos. Mesmo na escola, as crianças já são treinadas para agir em situações de emergência. Após um terremoto deixar mais de 140 mil mortos no ano de 1923, os japoneses possuem em casa um kit, com lanternas, água e comida desidratada. Além disso, os edifícios são construídos com estruturas flexíveis, o que pode amortecer as vibrações.
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Atenção aos riscos é fundamental em uma estratégia de investimentos. Da renda fixa à renda variável, os ativos possuem maior ou menor risco. Saber ajustar seu perfil à exposição correta aos riscos é o primeiro passo na hora de investir, assim como estar informado sobre quais possíveis fatores podem influenciar na valorização ou queda do ativo.
Ativos com maior risco podem ter maior rentabilidade. A principal forma de diminuir os riscos é diversificar os ativos – o famoso não colocar “todos os ovos na mesma cesta”. Se o investidor resolveu aumentar a exposição à renda variável, em busca de maior retorno, não é muito inteligente comprar apenas várias ações do mesmo setor, mas distribuí-las em alguns setores diferentes, onde não há tanta correlação entre os ativos.
O mesmo vale para as criptomoedas. Não adianta se animar e achar que vai ficar rico e investir todo o capital em Bitcoin. Ativos de maior risco podem ter quedas abruptas sem motivo nenhum – apenas porque o mercado estava mais cauteloso. Por isso, tenha ciência das consequências e previna-se antes de correr riscos desnecessários.
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— Maiores retornos não necessariamente implicam em maiores riscos, mas não existe também um investimento que seja seguro, com alta liquidez e alto retorno. O investidor sempre vai abrir mão de uma dessas três variáveis na hora de aplicar seus recursos — destaca Miranda.
4. Respeito e individualidade
Quem conhece a cultura nipônica sabe que os japoneses são extremamente educados e respeitosos. Além disso, valorizam a individualidade e privacidade de cada um.
Entender que as pessoas são diferentes, com realidades, perspectivas e objetivos distintos, é fundamental. Quando falamos em investimentos, as pessoas possuem diferentes rendimentos, diferentes relações familiares e papéis nessas relações. Quando um investidor inicia neste mundo, o primeiro passo é conhecer seu perfil – de conservador, com maior aversão ao risco, ou mais arrojado.
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Insistir em comparar rendimentos e acreditar que a grama do vizinho está mais verde não é bom para ele e nem para você. Um investidor mais conservador, quando aloca maior proporção do seu capital em renda variável pode perder em qualidade de vida e se desesperar no momento de uma queda. Por isso, é sempre bom reforçar que a independência financeira é um objetivo pessoal, nunca uma competição.
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