Insulto, humilhação ou xingamento são os tipos de violência mais sofridos pelo catarinense, principalmente na Grande Florianópolis. A constatação é resultado da pesquisa Vitimização em Santa Catarina, ou seja, como o cidadão catarinense percebe a criminalidade em seu Estado.

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A pesquisa é da Universidade Federal Fluminense (UFF), do Rio de Janeiro e foi parcialmente divulgada ontem, em coletiva com o comandante-geral da Polícia Militar de SC, coronel Nazareno Marcineiro.

O estudo científico aplicado pela UFF entre fevereiro e maio deste ano entre 2.800 moradores das seis regiões de SC foi solicitado pela PM e financiado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) ao custo de R$ 145 mil. O estudo reúne também as pesquisas Imagem da Segurança Pública e meio ambiente em Santa Catarina e Clima organizacional das Policias Civil e Militar de Santa Catarina. Ambas ainda não têm data para serem divulgadas.

– A pesquisa é uma importante ferramenta para a prevenção do crime porque, à medida que conhecemos alguns indicadores poderemos planejar as estratégias e continuar colocando em prática nosso plano de comando. A prevenção será focada no Estado por regiões. E, claro, sem abandonar a repressão – observou o coronel Marcineiro.

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Com margem de erro de 5%, segundo a PM, a pesquisa procura levantar as experiências pessoais e do círculo de relacionamento em relação à vitimização, e os crimes e delitos dos quais a população foi vítima, entre outros objetivos.

O perfil do entrevistado é predominantemente mulher, com idade entre 16 e 24 anos, branca, casada ou vivendo junto do companheiro, com ensino fundamental incompleto, empregada ou funcionária pública, e com renda média mensal de R$ 1.020. Mas todos os extratos sociais foram entrevistados.

Outro aspecto importante citado pelo comandante é de que a pesquisa fornece dados realistas sobre a criminalidade e a violência, mais fiéis do que os dados contidos no sistema de segurança porque este reúne apenas os crimes registrados pela população. As ocorrências sem registro tanto na PM quanto na Polícia Civil são de conhecimento apenas dos envolvidos.

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